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Como os brasileiros compram online

05/05/2020

Estudo inédito, realizado pela SEMRush e pela Web Estratégica, mostra de onde vêm as visitas dos 100 maiores e-commerces do Brasil.

A consultoria de marketing Web Estratégica, em conjunto com a SEMRush, fez um levantamento de dados comparativos com 100 dos maiores e-commerces do Brasil, incluindo também marketplaces que atualmente dominam este cenário.

Os dados levam em conta a média de visitas durante 120 dias, representando o tráfego médio mensal destes sites. São, em média, 1.100.000.000 (1 bilhão e 100 milhões) de páginas vistas mensalmente, nos 100 sites avaliados.

A proporção de visitas através de diferentes tipos de dispositivos mudou radicalmente nos últimos 3 anos. Atualmente, em média 70,3% dos acessos se dá via Mobile, contra 29,7% via Desktop. Nos segmento de moda, a proporção chega a 75% e 25%, enquanto, nos e-commerces de tecnologia, o Desktop ainda mantém a frente, numa proporção de 41% para 59%.

Em média, cada visitante navega por 4,27 páginas, sendo que, nos Marketplaces, o número pode chegar a até 11 páginas por visita, em média.

A duração média de cada visita aos sites é de 7 minutos e 28 segundos, um número bastante alto, frente à média geral de menos de 3 minutos de navegação em sites que não são e-commerces.

A taxa de rejeição média ficou em 45,7%, o que significa que praticamente metade das visitas terminam em menos de 1 minuto.

Marketplaces representam 17 das 100 marcas analisadas

Dos 100 sites analisados, vários pertencem a grandes grupos de varejo que dominam o e-commerce brasileiro, mas destacam-se os que representam marketplaces e marcas famosas na internet.

Mercado Livre, B2W, Via Varejo, Cnova, Magazine Luiza, Amazon, Submarino, Dafiti, Netshoes, Máquina de Vendas, Tricae, Privalia, Leroy Merlin e os marketplaces restantes representam mais de 85% das visitas entre os sites analisados do e-commerce brasileiro.

Somados, Submarino, Americanas, Casas Bahia, Magazine Luiza, Amazon e Mercado Livre representam 71% da audiência dos 100 sites analisados.

De onde vêm os visitantes

O dado mais importante da pesquisa refere-se às fontes de tráfego. Surpreendentemente, mais de 50% das visitas aos grandes sites de e-commerce do Brasil são visitas diretas, aquelas em que o cliente digita diretamente no navegador o endereço do site.

Como se trata de marcas conhecidas do público e muitas são tradicionais no e-commerce ou em suas regiões de atuação, 52,5% das visitas, em média, acontecem de forma direta, seja digitando a URL no browser ou usando o aplicativo da marca.

A segunda maior fonte de tráfego são as visitas orgânicas, que representam 24,7% do total e originam-se de buscas na internet. Vale destacar que o Google representa 98% do total destas buscas.

Anúncios pagos de busca e em mídia de display representam 13,3% do tráfego na média dos 100 sites analisados. Juntos, tráfego orgânico e pago de buscas correspondem a 38% das visitas totais analisadas ou cerca de 418 milhões de visitas por mês.

Outras origens de visitas importantes para o e-commerce

Com 7,7% do total de visitas analisadas, o tráfego de referência é uma fonte importante para o e-commerce, além das buscas e das visitas diretas, e tem como destaque os agregadores de conteúdo (como Indeed, Zoom, Buscapé, Bazaarvoice e similares).

Sites de Cupons (como Cuponomia, Meliuz e Cuponation) são uma fonte de visitas que representa cerca de 3% do tráfego total. Analisando o volume de visitas destes sites especificamente, nota-se que a busca por cupons no Google representa 83% do total.

Sites de Programas de Fidelidade (como Dotz e Livelo) também apareceram entre as fontes de tráfego de referência.

Redes sociais representam menos de 2% das visitas

Com as mudanças nas Redes Sociais nos últimos anos, que levou à queda do alcance orgânico das postagens, principalmente com links, as visitas que têm origem nesses meios representam apenas 1,8% do total analisado.

Como os brasileiros compram

A pesquisa feita pela Web Estratégica em conjunto com a SEMRush revela alguns comportamentos bastante relevantes, que impactam na estratégia de qualquer e-commerce.

O investimento em branding e criação de marcas de valor, por exemplo, é fundamental para o sucesso. A maior parte dos consumidores busca por sites famosos e marcas reconhecidas na hora de comprar online.

Seja por insegurança, por fidelidade ou pela experiência de compra, o fato é que boas marcas com bons e-commerces fidelizam clientes e isso se reflete no perfil de visitas analisado. Marcas mais antigas ou mais famosas mostraram volumes de visitas diretas próximos a 57%.

Outra conclusão importante é que o brasileiro compara antes de comprar. A quantidade de pesquisas no Google comprova que há um volume significativo de clientes em busca de informações detalhadas, avaliações, imagens, vídeos, recomendações e preços de frete quando estão procurando por um produto.

Além disso, com 38% do total de visitas, entre orgânicas e pagas, buscadores como Google e Bing não podem ser ignorados para que a estratégia de e-commerce tenha sucesso.

Por fim, brasileiro gosta de descontos, cupons e ofertas promocionais. O grande volume de buscas por frete grátis, cupons e descontos provou aquilo que todos já sabem: o cliente quer pagar o menor preço possível.

Faturamento versus Perfil de visitas

Cruzando os dados de visitas com os dados financeiros das empresas, foi fácil notar que as lojas com os maiores faturamentos, em geral, são aquelas com maior volume de tráfego direto e orgânico de buscas.

A análise é do fundador da Web Estratégica, Rafael Rez: “O investimento em marca gera mais visitas diretas, que não custam por clique ao lojista e não passam pelo Google nem pelas Redes Sociais. Grandes lojistas têm optado por fornecer aplicativos com tráfego gratuito, que não consome o plano de telefonia do cliente, o que aumenta o tráfego direto e diminui o custo por venda consideravelmente”.

O consultor ainda destaca que “a segunda melhor fonte de visitas na internet é o Google, como a Amazon descobriu quase 20 anos atrás. Não é à toa que a Amazon é um gigante do e-commerce global e cresce rapidamente no Brasil: ela domina os resultados das buscas no Google. Isso gera muitas visitas sem custo por clique e derruba os custos por venda”.

Dentre as categorias com maior volume de visitas, os destaques foram: moda e acessórios (18%), saúde e beleza (15%), equipamentos  domésticos (11%), smartphones e celulares (8%), livros (7%), computadores (7%), móveis e decoração (7%), eletroeletrônicos (6%), esporte e lazer (5%) e brinquedos (2%).

Fonte:

Os dados utilizados para a análise foram fornecidos pela SEMRush, a maior ferramenta de análise competitiva de dados no mundo, e a análise foi realizada pela equipe de Análise de Dados e Comportamento de Consumo da Web Estratégica, consultoria de marketing especializada em crescimento de tráfego online.

Foram analisadas as seguintes marcas e seus respectivos sites:

B2W Digital, Via Varejo, Magazine Luiza, Grupo Netshoes, Máquina de Vendas, Carrefour, Dafiti, Saraiva, Privalia, Lojas Colombo, Grupo Herval, Amazon, Wine, Madeira Madeira,  Livraria Cultura, Web Fones, Drogaria Onofre, Panvel Farmácias, Evino, Icomm Group, Central Ar, Leveros – MultiAr – Refrigelo, Mobly, Livrarias Curitiba, Grupo Soma de Moda, Passarela, Novo Mundo, Arezzo, Grupo Boticário, Angeloni, Grupo Trigo, Ri Happy / PB Kids, Reserva, Cia Hering, Decathlon, Ecadeiras, Restoque, Grupo Lins Ferrão, Grupo Paquetá, Mambo, Telha Norte, Petz, Le Postiche, Lojas Lebes, Chilli Beans, Callcenter Calçados, Mercado Livre, Leroy Merlin, C&C, Estante Virtual, Etna, Meu Móvel de Madeira, Natura, Ultrafarma, Beleza na Web, Centauro, Sephora, Compra Certa, Kalunga, Lojas Colombo, Renner, Posthaus, Fast Shop, Tera Byte Shop, Pichau, Kabum, TokStok. 

Dados em destaque:

Informações de tráfego por usuário em E-commerce
Rafael Rez
Fundador da agência de SEO & Conteúdo Web Estratégica e co-Fundador da Nova Escola de Marketing. Autor do livro de marketing: “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado no Brasil pela DVS Editora e em Portugal pela Editora Marcador. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013.
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