Flywheel: o que é e como construir para empresas SaaS B2B?

Já escutou falar sobre a técnica de marketing Flywheel? É uma alternativa para você que cansou do funil de vendas tradicional e precisa aquecer e aumentar seu fluxo de conversão.

Se interessou e quer saber mais? Então, continue a leitura do artigo, pois aqui iremos abordar o que é esse conceito, como ele é colocado em prática e algumas formas de apresentar essa estratégia em empresas B2B. Vamos lá?

O que é Marketing Flywheel?

O Marketing Flywheel é uma novidade que enxerga o marketing e vendas por um lado diferente. Nele, são expressados algumas mudanças no comportamento dos usuários durante a compra.

Ao contrário do modelo tradicional, onde temos um funil com três principais etapas (descoberta, reconhecimento do problema e conversão), este possui uma estrutura circular, reforçando a ideia de continuidade. E, o significado de Flywheel é justamente “volante de rotação” para reforçar o movimento. 

Alguns dos pilares que compõem essa técnica são: atração dos usuários; o engajamento dos usuários conquistados; e o cuidado com a experiência que os usuários terão no processo de compra — justamente para que eles retornem e fiquem “retidos” no ciclo.

A ideia, então, é que os consumidores tenham uma relação duradoura com as marcas que aplicam a técnica de Flywheel. Assim, aprendemos também que, ao oferecer uma ótima experiência aos usuários, eles podem voltar para realizar outra compra ou indicar o produto ou serviço para um conhecido.

E aí, você se interessou pela estratégia de marketing Flywheel, mas não sabe por onde começar a implementação, saiba mais a seguir. 

Aplicando o Flywheel para SaaS 

O cenário apresentado até aqui abordou como fidelizar o usuário final, o que seria uma estratégia B2C. Mas, como isso seria numa relação business to business ou mais corporativa? A gente explica!

Sabemos que as transações B2B, normalmente, envolvem uma quantidade elevada de dinheiro e, por isso, existem alguns fatores que podem ajudar a fidelizar este cliente, como o Flywheel.

Uma coisa que precisa ficar bastante clara é que, ao falarmos sobre atrair, engajar e cuidar da experiência do usuário, não é preciso estar ao lado dele. Pelo contrário, podemos construir essa interação de forma online. E para ficar tudo ainda mais fácil, hoje já existem empresas de SaaS — Software as a Service (Software como Serviço, em tradução livre) — que oferecem soluções completas para gestão de dados, apenas pela internet.

O SaaS Salesforce é um exemplo bastante conhecido no mercado para suporte ao cliente, já que reúne e organiza os dados que estão em sua empresa, assim em vez de diversas telas, você concentra tudo numa só. Outro ponto interessante, é que você pode integrá-lo a diferentes fontes de dados para potencializar suas análises. Logo, fica ainda mais fácil saber exatamente em que ponto do funil de vendas o usuário está.  

Se bem aplicado o Flywheel, é possível que aquela empresa que já solicitou seus serviços, softwares, produtos ou seja lá o que você esteja comercializando, volte para uma nova compra. 

Porém, de nada adianta aplicar o Flywheel no SaaS, se a porta de entrada para as pessoas saberem mais sobre seu produto ou serviço, estiverem fechadas — aliás, nesse contexto, é bem provável que nem dados suficientes para gerir, você terá. 

A porta de entrada para sua empresa, se você ainda não identificou, é o seu site. Para que os usuários conheçam mais sobre seu negócio é fundamental que o seu site ofereça uma estrutura para isso. 

Para estruturar o site da maneira correta é necessário que ele tenha algumas páginas específicas, a fim de criar uma conexão com o público, sendo essas:

  • Página inicial ou homepage;
  • Páginas de produtos e recursos;
  • Páginas “ Para quem é”;
  • Páginas de preços;
  • Sobre a marca;
  • Página de blog;
  • Páginas de recursos (suporte, FAQs, fale conosco etc.).

A homepage precisa conter um título bem atrativo, levando uma mensagem clara e atrativa. Várias marcas erram aqui, construindo uma home com uma title “vazia”, que não diz muita coisa ou só carrega um questionamento e perguntas. 

Combine o problema que seu produto resolve e a solução que você trás, essa é uma fórmula que pode brilhar os olhos de quem vai consumir essa página. Foque em encontrar algo que realmente expresse quem sua marca é e o que ela resolve.

Sobre as páginas de produtos, é necessário cuidar de três principais pontos, sendo eles: estrutura, imagens e textos, pois, se algum desses tópicos retornar erro, é possível que o seu site tenha uma taxa de rejeição muito alta — já que os usuários iriam entrar e sair rapidamente.

Nessa página, é preciso deixar claro ainda na primeira dobra o que é o produto, como ele resolve os problemas dos usuários, o diferencial dele e o motivo pelo qual as pessoas deveriam investir.

Além disso tudo, você precisa “provar” que seu produto realmente vale a pena e isso pode ser feito incluindo selos de qualidade, cases de sucesso da empresa e clientes que já foram atendidos, entre outras coisas. 

Entre essas outras coisas para gerar valor e confiança, está a importância de ter um blog para criar relações saudáveis com seus usuários. Esse recurso pode ser o que mais terá visitas, ou seja, as pessoas podem conhecer a sua marca e iniciar o relacionamento com você a partir do blog.

Levando isso em consideração, é preciso cuidar das estratégias de marketing de conteúdo, fazer posts otimizados, relevantes aos usuários e que ajudem a guiar as pessoas pelo caminho até a conversão. 

Quando falamos de um blog, é necessário se atentar a alguns pilares técnicos ao produzir os blogposts, sendo eles: SEO On page e Off page. — como seria o link building, por exemplo. 

Esses dois pontos são para que os conteúdos apareçam no Google, consigam chegar até as primeiras páginas e ganhem autoridade, pois não adianta nada ter um ótimo conteúdo, se ele não chegar até os seus possíveis clientes, não é mesmo?

Outro ponto é sempre manter os principais conteúdos atualizados — e com o indicador de que ele foi atualizado —, a fim de que o usuário identifique que aquelas informações não estão defasadas.

Resumindo, para criar um relacionamento duradouro com seus leads, é preciso se apoiar em dois principais steps: técnicas de SEO e Marketing de Conteúdo. Com essas duas estratégias, seu conteúdo vai aparecer nas páginas de busca e facilitar seu contato com os usuários.

Abordando o Marketing Flywheel nas empresas B2B

Quando falamos de empresas B2B, temos algumas maneiras de implementar o marketing Flywheel nas estratégias e demandas do dia a dia e iremos abordar isso neste tópico.

Produção de conteúdo para Marketing Flywheel 

A produção de conteúdo é fundamental para fazer um bom trabalho com Marketing de Flywheel, porque você vai apresentar informações que seus usuários precisam e irá solucionar as dúvidas deles, contribuindo para que eles se lembrem da marca e que ela o ajudou em um momento específico.

Para produzir um conteúdo de qualidade, que satisfaça a intenção de busca dos usuários e que responda o que eles querem saber, é preciso investir em estratégia de conteúdo. Se você puder investir em uma agência especializada nessa estratégia, melhor ainda!

Canais adequados para o público 

Outro ponto da estratégia de marketing Flywheel é estar onde o seu público está e quando falamos de empresas que vendem para outras empresas, vemos uma presença muito grande no Linkedin e no Facebook, por exemplo.

Com isso, vale muito a pena criar um calendário de posts especial para essas redes sociais apresentando o produto, bem como evidenciando os problemas que você pode solucionar. Isso tudo fará com que os possíveis clientes avancem no caminho até a compra.

Mais um canal que é um bom negócio para empresas B2B é o Google Ads. Então, invista em campanhas muito bem otimizadas, que impactem o público correto e que possua a linguagem e comunicação ideal para influenciar seu lead.

Landing Pages na conversão

Usar Landing Pages na estratégia de Marketing Flywheel também é uma ótima ideia, porque com essa demanda é possível criar uma relação com o público e responder diversas dúvidas que podem surgir com o produto ou empresa.

Muitos usuários não conseguem conversar por causa da mensagem ou falta dela, então a criação de uma LP que responda e solucione esses gaps é uma boa forma de driblar isso. 

Alguns pontos que podem facilitar a conversão nessa estratégia são:

  • Mensagens diretas;
  • Carregamento rápido e otimizado;
  • Resposta rápida às perguntas;
  • Destaque das dificuldades e problemas enfrentados;
  • Apresentação da solução.

Passando por esses pontos, temos certeza que seus possíveis clientes irão confiar muito mais na marca e estarão mais próximos da conversão. Então, foque um pouco de seus esforços na criação e implementação de uma Landing Page perfeita.

Remarketing e otimização para B2B

Por último, traremos uma estratégia que já é conhecida por muitas pessoas no mercado e que as empresas B2B ainda precisam saber aplicar da maneira correta: o remarketing.

O remarketing permite que os anúncios da sua empresa que estão no Google Ads apareçam mais de uma vez para usuários que demonstraram algum tipo de interesse no seu produto ou serviço.

Com isso, existe a possibilidade de fortalecer o impacto no prospect B2B já impactado e aumentar ainda mais as chances de que ele se transforme em um lead. E isso tudo é bem positivo para esse tipo de segmento, pois quanto mais caro é o produto, maior é o tempo de consideração pela compra.

Logo, se sua marca sempre está cobrindo os canais certos, impactando o cliente de uma maneira saudável, mostrando que pode solucionar seus problemas, os usuários irão lembrar da empresa e ficar mais próximos da conversão.
Gostou do conteúdo de hoje sobre Marketing Flywheel? Então, leia também nosso artigo sobre “Como acertar o timing de Campanha Digital”. Nos acompanhe também nas redes sociais, estamos presentes no LinkedIn e no Instagram.

Rafael Rez
Fundador da agência de SEO & Conteúdo Web Estratégica e co-Fundador da Nova Escola de Marketing. Autor do livro de marketing: “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado no Brasil pela DVS Editora e em Portugal pela Editora Marcador. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013.
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