Nem sempre mais palavras significam mais valor. A ideia de que textos longos são sinônimo de qualidade ainda é comum, mas está longe de ser uma verdade absoluta especialmente no marketing de conteúdo.
- Conteúdo longo parece eficaz, mas pode atrapalhar.
- Muitos acreditam nisso por ser uma métrica fácil de seguir.
- A prioridade deve ser a intenção de busca, não a extensão.
- SEO eficaz adapta o formato à necessidade real do usuário.
É comum ver profissionais de marketing defendendo conteúdos com mais de 2.000 palavras como se isso fosse uma regra. Mas será que o tamanho é mesmo o que faz um post funcionar? Nem sempre. Muitas vezes, um texto mais curto, direto e bem estruturado traz mais resultados.
Essa preferência pelo conteúdo longo tem explicação. No meio de tantas incertezas sobre o que funciona em SEO, a contagem de palavras parece uma estratégia segura e fácil de aplicar. É mais simples dizer “escreva 2.000 palavras” do que entender a fundo a dor do público e entregar algo realmente útil.
Outro motivo é a falsa ideia de que, se os textos longos ranqueiam bem, é porque o tamanho é o motivo do sucesso. O conteúdo pode ranquear por outros fatores: ele responde bem à busca, tem autoridade, backlinks e é útil de verdade. A extensão, nesse caso, é consequência e não causa.
O problema é que, ao seguir esse caminho, muita gente esquece o mais importante: a intenção de busca. Antes de escrever qualquer coisa, é preciso entender o que o usuário realmente quer. Ele quer um guia completo? Uma resposta rápida? Um passo a passo? Só depois disso é que se define o formato ideal.
Na prática, adaptar isso para a estratégia de SEO e conteúdo significa mudar o foco. Em vez de pensar em quantidade de palavras, o time precisa pensar em estrutura, clareza e utilidade. O uso da pirâmide invertida, começando com a resposta principal e depois aprofundando, ajuda muito. Assim, quem precisa só de um resumo encontra rápido, e quem quer mais detalhes continua a leitura.
Também vale trabalhar o conteúdo em camadas. Versões curtas em redes sociais, posts médios que entregam o essencial e textos longos apenas quando o assunto realmente exige. Essa abordagem distribui melhor a informação e atende diferentes perfis de público.
No fim, o que importa é entregar o que o leitor procura, no formato que ele precisa. Se for curto, ótimo. Se for longo, que seja por necessidade e nunca por hábito.
Se quiser saber mais sobre o tema, acesse o artigo “The Long-Form Content Illusion: Why Longer Content Isn’t Better”, do Ahrefs.