A visão de Kevin Indig sobre o “novo normal” do SEO

Atualizado em 20 de junho de 2025
por Anderson Fagundes.

Kevin Indig, do Growth Memo, trouxe uma análise sobre a forma como o mercado enxerga SEO, inteligência artificial e o comportamento de busca. 

  • O Google está trocando cliques por impressões, mudando a forma de medir resultados.
  • SEO virou uma disputa de influência que vai além do Google.
  • As buscas agora acontecem em vários canais ao mesmo tempo, de forma espalhada.
  • Entender o comportamento humano e adotar novas métricas virou uma obrigação.
  • Google e ChatGPT estão em uma corrida aberta pela atenção dos usuários.

Kevin destaca que os cliques estão se tornando cada vez mais raros. Com os AI Overviews, o Google aumentou o número de impressões, mas derrubou os cliques. Só que, segundo ele, os cliques que restam são muito mais valiosos.

O que realmente importa nesse novo cenário são as interações com alta intenção de compra, comparação ou validação. Isso representa o fim da era em que o volume de cliques era o principal sinal de sucesso no SEO. Na prática, essa nunca deveria ter sido a principal métrica.

O SEO, que sempre foi visto como um canal de performance, agora virou uma disputa por influência. As marcas precisam estar presentes onde as conversas acontecem: no Google, no ChatGPT, em fóruns, redes sociais e comunidades.

A estratégia não deve ser focada apenas em ranking de palavras-chave. O desafio atual é garantir presença e relevância em todos os pontos de contato com o público.

O conceito de “fan-out”, destacado por Kevin, mostra que uma simples pergunta feita por um usuário pode gerar dezenas de micro-consultas nos bastidores, disparadas por IA.

Isso significa que o conteúdo precisa estar preparado para aparecer em diferentes formatos e canais, de forma estruturada e fácil de ser citado pelas IAs.

Outro ponto importante da análise é a mudança de foco. Entender o comportamento humano nunca foi tão essencial. Os usuários usam as respostas da IA, mas depois vão até comunidades, redes sociais e fóruns para validar as informações.

Por isso, a presença da marca precisa se estender por todos esses canais. As métricas tradicionais deixam de ser suficientes, abrindo espaço para novos indicadores que acompanhem essa jornada mais complexa.

Para Kevin, o importante é que as marcas estejam visíveis nos vários ecossistemas enquanto o futuro da busca ainda está sendo definido.

É preciso coordenar canais, entender dados de intenção e garantir que a marca seja encontrada em qualquer canal em que a audiência esteja, seja no Google, nas respostas geradas por IA ou nas conversas entre usuários.

Para quem quiser ler a análise completa de Kevin Indig, o conteúdo original está disponível no Search Engine Journal: “The New Normal”.

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Anderson Fagundes
Atua com SEO e Google Analytics desde 2010 e atualmente é CCO na Web Estratégica. Possui formação em Publicidade pela PUC-RS e especialização em Design Estratégico pela Unisinos. Foi co-fundador da Lume, agência gaúcha responsável pela estratégia e execução de SEO em grandes marcas regionais e nacionais.