A SE Ranking realizou um experimento para entender como o Google lida com textos gerados por inteligência artificial. O estudo analisou o desempenho de 20 sites novos, criados do zero e abastecidos com 2.000 artigos produzidos apenas por IA.
- 71% das páginas foram indexadas em apenas 36 dias.
- 11 sites chegaram a ter todas as páginas indexadas.
- 8 sites ranquearam para mais de 1.000 palavras-chave.
- O tráfego inicial foi relevante, mas caiu por completo depois.
O projeto foi iniciado em novembro de 2024 e conduzido pela SE Ranking. O objetivo era medir até onde conteúdos 100% automatizados poderiam ganhar espaço no Google. Para isso, os sites foram criados sem histórico, backlinks ou personalização, recebendo apenas os textos de IA publicados em massa. Nenhuma estratégia de divulgação foi usada, garantindo que os resultados refletissem apenas a reação do algoritmo.
Nos primeiros 36 dias, o Google indexou 71% das páginas, um número muito acima da média para sites sem autoridade. Em 11 casos, todos os 100 artigos publicados foram indexados. Nichos como alimentação, estilo de vida e carreira se destacaram com indexação completa.
Já no primeiro mês, oito sites ultrapassaram a marca de mil palavras-chave ranqueadas. No total, os 20 domínios somaram mais de 122 mil impressões e 240 cliques. Áreas como hobbies, turismo e negócios foram as mais beneficiadas, mas até nichos sensíveis, como saúde e finanças, mostraram bons índices de indexação.
Porém, apesar do bom começo, os resultados não duraram. Em fevereiro de 2025, todos os sites perderam visibilidade e desapareceram do top 100. A falta de autoridade dos domínios e o uso de textos puramente gerados por IA parecem ter pesado contra a continuidade.
O estudo mostrou que a produção em massa com IA pode gerar tração inicial, mas não garante resultados sustentáveis. O Google ainda valoriza conteúdo original, com revisão e contexto humano. O conteúdo por si só, sem estratégia, não mantém posições sólidas no longo prazo.
Para ver os dados completos da pesquisa, acesse o artigo “How AI-generated content performs in search: Results from an experiment by SE Ranking”, do SE Ranking.