Muitas empresas acreditam que estão oferecendo uma boa experiência. Mas, na prática, grande parte dos clientes não sente o mesmo. O que está faltando? Em muitos casos, o conteúdo. Em vez de ser apenas suporte, ele é parte central da experiência. Quando mal feito, atrapalha. Quando bem pensado, cria valor em cada ponto de contato.
- Empresas investem em tecnologia, mas negligenciam o conteúdo que sustenta a experiência.
- A integração de novos clientes falha por falta de orientação clara e acolhedora.
- Conteúdo centrado no produto não gera valor real para quem usa.
- Falhas na comunicação de pedidos minam a confiança do consumidor.
O conteúdo é muitas vezes tratado como acessório, quando na verdade ele é o que dá forma à experiência. É o conteúdo que informa, acolhe, orienta e corrige. Sem ele, o cliente pode até ter acesso à tecnologia mais avançada, mas vai se sentir perdido, frustrado ou até ignorado.
Um dos momentos mais críticos nesse processo é o onboarding. A primeira interação depois da compra define o tom da relação. Se o cliente não encontra um conteúdo claro, que explique os próximos passos e reforce a decisão que acabou de tomar, ele perde o entusiasmo. É nesse momento que o conteúdo precisa ser estratégico: mostrar, com simplicidade e empatia, o que ele pode esperar da jornada com a marca.
Outro ponto negligenciado é a adoção de funcionalidades e produtos. Muitas marcas ainda tratam isso como uma chance de vender mais, empurrando upgrades e novas funções com tom publicitário. Mas o que realmente ajuda o cliente é um conteúdo que traduz o funcionamento em valor, como aquela função resolve um problema, poupa tempo ou melhora a vida. Aqui, o conteúdo precisa deixar de ser centrado no produto e passar a ser centrado no sucesso do cliente.
Na operação, a comunicação sobre pedidos é onde muitas marcas tropeçam. Um simples atraso pode ser contornado, mas se a comunicação for vaga, fria ou inconsistente entre canais, o cliente sente insegurança. E insegurança leva à perda de confiança. Um bom conteúdo, nesse caso, antecipa dúvidas e mostra que a empresa está no controle, mesmo diante de imprevistos.
No autoatendimento, o desafio é combinar clareza com autonomia. Isso exige muito mais do que um FAQ genérico. É preciso desenhar fluxos, pensar nos termos que o cliente usaria, testar os caminhos e escrever com foco total na resolução do problema. Cada botão, cada mensagem de erro, cada confirmação precisa estar alinhado à expectativa do usuário.
O conteúdo, portanto, não é um detalhe técnico. Ele é a infraestrutura invisível que sustenta toda a experiência. É o elo entre a marca e o cliente, do começo ao fim. Investir nisso é investir em relacionamento, eficiência e, claro, retorno.
Para quem quiser se aprofundar vale conferir a matéria “4 Ways Content Can Make or Break Your Customer Experience”, do Content Science Review.