O novo AI Mode do Google já está mudando a forma como as pessoas pesquisam, pelo menos nos EUA. Com respostas mais diretas e conversacionais, essa nova experiência afeta diretamente profissionais de SEO e criadores de conteúdo. Entender como os usuários estão interagindo com essa ferramenta pode ajudar o mercado brasileiro a se antecipar às mudanças que vêm por aí.
- A adoção do AI Mode quadruplicou nos dois primeiros meses.
- Sessões de busca são mais curtas e com menos tentativas de refinar a consulta.
- Quase 93% das buscas não geram cliques em links externos.
- As perguntas feitas no AI Mode são quase o dobro das buscas tradicionais.
- A interação começa a se parecer mais com uma conversa do que com um comando.
Nos Estados Unidos, o uso do AI Mode passou de 0,25% para pouco mais de 1% das sessões em apenas dois meses. O crescimento ainda é modesto, mas o Google está incentivando esse novo formato de busca, e os usuários estão começando a adotar.
Uma diferença marcante está no número de buscas por sessão. No AI Mode, a média é de 2 a 3 interações, enquanto na busca tradicional o usuário costuma repetir várias vezes a mesma consulta até encontrar o que precisa. Isso sugere que a IA está ajudando a chegar à resposta certa com menos esforço.
Outro dado é a taxa de cliques. Cerca de 93% das sessões com AI Mode terminam sem nenhum clique em links externos. Ou seja, o usuário lê a resposta da IA e não sente necessidade de continuar navegando. Isso muda o papel do SEO tradicional, que sempre foi focado em gerar tráfego por meio do clique.
Com esse cenário, cresce a importância de aparecer dentro das respostas geradas pela IA. O conteúdo precisa ser citado, reconhecido e confiável, mesmo que não leve diretamente ao site. A presença da marca nas respostas passa a valer tanto quanto o posicionamento nos resultados.
As perguntas também mudaram. Em vez de buscas curtas, de quatro palavras, como era comum, os usuários estão usando em média sete palavras no AI Mode. São perguntas mais completas, com mais contexto, e em tom conversacional. Isso exige uma nova forma de produzir conteúdo, mais orientada a responder dúvidas reais e complexas.
O próprio Google incentiva esse comportamento. Em seu anúncio oficial, usou como exemplo uma pergunta com 26 palavras. A ideia é que o AI Mode consiga processar uma única consulta extensa, ao invés de depender de várias buscas separadas para construir uma resposta completa.
Para profissionais de SEO e marketing de conteúdo no Brasil, o momento é de adaptação. Ainda que o AI Mode não tenha chegado por aqui, é uma questão de tempo. Estratégias baseadas apenas em palavras-chave e cliques estão perdendo espaço para abordagens mais amplas, que valorizam autoridade, contexto e relevância.
Quem quiser entender mais os dados da pesquisa e os detalhes do comportamento dos usuários no AI Mode pode acessar a notícia completa no blog da Semrush: “Google AI Mode’s Early Adoption and SEO Impact”.