O que é Google Search Essentials e como funciona?

29/03/2023

Desde que surgiu, o Google acompanhou e criou tendências no campo da busca e tecnologia. 20 anos após a publicação das primeiras diretrizes que definiram o que um site deve ter para ranquear bem, temos o Google Search Essentials, uma atualização e rebranding do guia que ajudou muitos sites a chegarem no topo da primeira página dos resultados de busca.

Anunciado em 13 de outubro, o Google Search Essentials traz mudanças significativas em sua estrutura e conteúdo. A mais evidente delas é a mudança de nome, que visa ampliar a abrangência de público e acompanhar as tendências do momento.

Conhecer o Google Essentials e saber como aplicar as boas práticas recomendadas é indispensável para quem deseja posicionar melhor as páginas nos resultados de busca e entregar um conteúdo útil e com boa experiência para os usuários.

O que é Google Search Essentials?

O Google Search Essentials é a versão simplificada e atualizada das diretrizes para Webmasters, criadas em 2002. Tem como objetivo principal ajudar donos de sites a desenvolverem uma estrutura capaz de permitir que suas páginas sejam encontradas através das buscas.

De acordo com o pronunciamento oficial realizado em 13 de outubro de 2022, “muita coisa mudou desde 2002, então hoje estamos lançando uma versão atualizada e simplificada das Diretrizes para webmasters, e também estamos mudando seu nome”.

Qual é a sua finalidade?

As diretrizes para webmasters, agora chamada de Fundamentos de Pesquisa Google, tem como finalidade atualizar o documento de boas práticas com orientações claras sobre como um site deve ser estruturado para atender bem ao público e aparecer nos resultados de busca.

Os novos fundamentos de pesquisa visam tornar a informação útil e fácil de ser entendida, ajudando os donos de sites a se concentrarem no que realmente importa para o site: o conteúdo e a conversão de visitantes em clientes.

Além disso, nos anos recentes o meio digital tem dado maior atenção à experiência do usuário, tendo em vista o maior número de tempo que interagimos com sites e interfaces digitais. Assim sendo, o objetivo é gerar conversão mas também criar canais de comunicação de qualidade e relevantes. 

Por que a mudança do Google Webmasters Guidelines para o Google Search Essentials?

O novo nome é mais amplo e genérico, permitindo alcançar a identificação por um público maior. O Google deixou isso claro no comunicado oficial, quando disse: “Deixamos de usar o termo “webmaster” no nome deste site e, o único restante, foram as ‘Diretrizes para webmasters’. Como mencionamos anteriormente, “webmaster” é um termo desatualizado e pouquíssimas pessoas se identificam com ele”.

Quando foi lançado em 2002, os termos webmasters e guidelines eram muito utilizados. Com o passar do tempo, esses termos foram perdendo força e sendo substituídos por outros. O foco é o termo webmasters, que era associado a profissionais generalistas no desenvolvimento de sites.

Se analisarmos os termos em alta hoje, quando o assunto é site e mecanismos de busca, temos: SEO, fundamentos, conteúdos e links. O novo nome faz todo o sentido, pois ele mantém a marca (Google), traz o termo forte do momento (Search) e diz claramente que as informações contidas no documento são fundamentos (Essentials).

Seja para profissionais da área ou para leigos, é mais fácil compreender o que “Fundamentos da Pesquisa Google” quer dizer do que “Diretrizes para Webmasters”. Sem contar que o novo nome não filtra naturalmente um público, como acontecia com “Diretrizes para Webmasters”.

Vemos uma tendência de tornar as diretrizes ainda mais inclusivas e acessíveis para todo tipo de profissional que lide com a web, seja para criar um domínio para o seu negócio, gerar estratégias de marketing ou consolidar um projeto. 

Quais são as diferenças encontradas no Google Search Essentials?

Como a mudança feita pelo Google visa trazer clareza para o público e facilitar a compreensão,  uma reorganização dos conteúdos está sendo feita, movendo conteúdos que estavam distribuídos em outros locais, como a Central de Pesquisa Google, para o Google Search Essentials.

Mas, além da organização do conteúdo, a mudança do nome e a simplificação da página de diretrizes, três novas categorias foram adicionadas para organizar o conteúdo existente e abordar pontos que estão alinhados com o momento atual da internet.

Requisitos técnicos

Seção onde estão informações sobre a publicação de conteúdos on-line em formato de fácil indexação no Google, permitindo que os sites se tornem “mais encontrados” sem comprometer a experiência do usuário e focando em um conteúdo de qualidade.

Entre os requisitos técnicos mínimos estão:

  1. O Googlebot não estar bloqueado;
  2. Páginas funcionando e com código de status HTTP 200;
  3. Páginas com conteúdo indexável.

Políticas de spam

Essa categoria teve parte dos tópicos extraída de outras diretrizes importantes. Segundo o Google, “as políticas de spam abrangem formas comuns de spam e comportamentos que podem levar um site a ter uma classificação mais baixa ou não aparecer nos resultados de pesquisa na web do Google”.

Entre as novas abordagens, estão:

  • Apresentação de conteúdos diferentes para os usuários e mecanismos de pesquisa com a intenção de manipular as classificações (cloaking);
  • Sites ou páginas cujo objetivo é ranquear para consultas semelhantes, levando o usuário para conteúdo sem utilidade;
  • Textos e links ocultos;
  • Redirecionamentos e injeção de código e conteúdo sem permissão do usuário;
  • Excesso de palavras-chave;
  • Spam por links;
  • Tráfego gerado por robôs;
  • Comportamentos maliciosos que prejudicam a experiência do usuário;
  • Funcionalidades enganosas e promessas falsas que levam os usuários para páginas que não cumprem o prometido;
  • Conteúdo “copiado” de outros sites;
  • Redirecionamentos não autorizados;
  • Conteúdo automático que não faz sentido para o leitor;
  • Página de afiliados sem conteúdo original e valor agregado.

 

Práticas recomendadas

O Google Search Essentials é baseado em práticas recomendadas, capazes de melhorar o posicionamento de sites e páginas na SERP. Entre essas práticas, algumas são consideradas primordiais, até mesmo pelo Google. São elas:

  • Criação de conteúdo útil, confiável e focado nos usuários;
  • Uso de palavras-chave relacionadas com o conteúdo e com a intenção de busca dos usuários;
  • Permissão para o rastreamento de links;
  • Aplicação das práticas específicas para imagens, vídeos, dados estruturados e javascript;
  • Controle de conteúdo que não deve ser indexado pelo Google.

 

O que é recomendado fazer para sua página ser encontrada no Google com mais facilidade

Se o Google criou um conjunto de boas práticas, é porque considera cada uma delas ao analisar os sites e as páginas para a definição do ranqueamento. Sendo assim, se o objetivo for inserir o maior número possível de páginas nos resultados de busca, você deve segui-las à risca e adaptar o passo a passo ao contexto do seu projeto/marca.

Quanto mais alinhado com as boas práticas recomendadas o site e o conteúdo estiverem, maiores são as chances de alcançar boas posições no ranqueamento e, consequentemente, de obter tráfego orgânico qualificado, com potencial de conversão.

Utilizar palavras que as pessoas geralmente usam quando fazem uma pesquisa

No marketing de conteúdo, um dos principais ativos são as palavras-chaves, que orientam as buscas e o algoritmo do Google para o ranqueamento dos resultados na SERP. Saber como escolhê-las é essencial para uma estratégia de SEO eficaz.

Imagine que você está precisando lavar o sofá da sala. Como você pesquisaria por um profissional ou empresa especializada?

  • “limpeza de sofá em Campinas São Paulo” ou assim, “limpeza sofá campinas”?

A probabilidade é que a segunda opção seja a utilizada, mas repare que a primeira opção também possui a palavra-chave. Fica evidente que a palavra-chave é o principal elemento da pesquisa e que pode ser utilizada de várias formas dentro da intenção de busca do usuário.

Isso mostra que escolher corretamente as palavras-chave a serem utilizadas no conteúdo é de grande importância para o posicionamento da página nos resultados de busca. E você pode fazer essa escolha ou melhorar as palavras-chave do conteúdo da seguinte forma:

  • Pesquisando palavras-chave em ferramentas como SemRush, Google Trends, Google Keyword Planner e Rank Tracker;
  • Diferenciando entre palavras-chave short head e long tail;
  • Organizando as palavras-chave em principal, secundárias e variações
  • Inserindo as palavras-chave em pontos específicos do conteúdo (meta título, meta descrição, título, primeiro parágrafo, subtítulo, alt text de imagens).

 

Criar conteúdos úteis

Essa é uma das recomendações do Google que mais impactam positivamente na experiência do usuário. Afinal de contas, ninguém faz uma pesquisa no Google querendo informações pela metade ou superficiais. As pessoas querem respostas para suas dúvidas, soluções imediatas e com linguagem clara.

O marketing de conteúdo é a forma mais efetiva de construir uma estratégia capaz de privilegiar os conteúdos úteis e entregar ao público aquilo que ele está buscando. Ao Google, as informações precisam estar de acordo com as diretrizes para posicionar melhor a página nos resultados de busca.

Para que sua estratégia de conteúdo alcance o público desejado com conteúdo útil, é preciso investir em diversidade de formatos. Cada pessoa que atende ao seu perfil de público pode ter preferência por um formato ou absorver melhor a informação a partir de um formato específico.

Entre os principais formatos utilizados em estratégias de conteúdo, estão:

  • blog;
  • newsletter;
  • e-book;
  • infográficos;
  • whitepapers;
  • gráficos;
  • vídeos;
  • podcast.

 

Usar boas práticas para incluir imagens e vídeos

As imagens e os vídeos têm se tornado parte dos resultados da SERP com grande potencial de gerar tráfego de qualidade. Explorar as boas práticas de inserção desses elementos é uma forma de ampliar as possibilidades de ranqueamento. Em relação às imagens, algumas boas práticas são:

  • Utilizar imagens de qualidade;
  • Inserir imagens nas dimensões adequadas ao espaço de exibição;
  • Manter o tamanho das imagens o menor possível, de preferência abaixo de 100 kb;
  • Nomear corretamente a imagem utilizando a palavra-chave associada a ela;
  • Escrever boas legendas e alt text inserindo a palavra-chave;
  • Criar um sitemap para as imagens.

 

Já em relação aos vídeos, as boas práticas se aplicam tanto na inserção em páginas de conteúdo, quanto na própria estrutura do vídeo. Para a inserção nas páginas, as principais práticas são:

  • Subir o vídeo no YouTube ou Vimeo e usar o embed para inserí-lo na página;
  • Colocar uma legenda abaixo do player de vídeo usando a palavra-chave;
  • Inserir um texto alternativo para o caso do vídeo não carregar e o usuário poder acessá-lo na origem.

 

Já no YouTube, as boas práticas são:

  • Produzir uma thumbnail atrativa;
  • Criar um título claro e com a palavra-chave;
  • Criar uma descrição que complemente o título e explorar as palavras-chave;
  • Adicionar tags para identificação do conteúdo;
  • Explorar hashtags relacionadas ao tema principal;
  • Inserir legenda no vídeo;
  • Colocar uma capa que desperte o interesse do leitor.

 

Essas boas práticas de imagem e vídeo possibilitam um melhor posicionamento da página nos resultados de busca, ajudam a reduzir o tempo de carregamento do site e a otimizar a experiência do usuário.

Deixar que seus links sejam rastreáveis pelo Google

Os links são um dos fatores de ranqueamento utilizados pelo Google. Influenciam tanto na montagem das páginas da SERP quanto na reputação dos sites. Por isso, estruturá-los de forma correta é essencial para SEO e experiência do usuário.

Usar tags adequadas e links resolvíveis são duas formas de manter os links rastreáveis, pois o Google é capaz de ler o HTML das páginas e identificar os links a partir dos atributos das tags.

  • Certo: <a href=”https://webestrategica.com.br”>
  • Errado: <a onclick=”goto(‘https://webestrategica.com.br’)”>

 

Outra forma de lidar com os links e dar ao Google informações mais claras é através do atributo rel, utilizado na tag <a>. Esse atributo ajuda a especificar com clareza para o Google se é para rastrear um link, se é um link patrocinado ou para conteúdo gerado pelo usuário, e até mesmo informações de segurança, para evitar o repasse de informação de referência e exploração de vulnerabilidades.

Veja os principais tipos de informação que podem ser apontadas no atributo rel:

  • Nofollow: diz ao Google para não rastrear a URL em questão e que o site onde ela está não tem relação com a página do link;
  • Sponsored: informa que o link é de conteúdo pago e ajuda a reduzir a penalização por tentativa de manipular as classificações dos motores de busca;
  • UGC: mostra que o link é para um conteúdo gerado pelo usuário, como comentários e postagens de fórum;
  • Noreferrer: evita que informações de referência do seu site sejam enviadas ao site proprietário do link;
  • Noopener: evita vulnerabilidades de segurança, em que o site malicioso pode ter acesso ao seu site na abertura de um link externo em nova aba.

 

Outras duas formas que podem gerar problemas de indexação são o bloqueio realizado no arquivo robots.txt e no cabeçalho da página, informando que ela não pode ser indexada.

O Google quer conteúdo de qualidade. Organizar os links para que ele possa identificar esses conteúdos e essas referências é essencial para o sucesso das estratégias de SEO e de conteúdo.

Se o Google diz que é boa prática, não discorde

O Google é a maior ferramenta de busca do mercado e o que ele mais quer é entregar conteúdo de qualidade para os usuários. Para isso, precisa da ajuda dos criadores de conteúdo, UX Writers, profissionais de SEO e tantos outros profissionais envolvidos no processo. Para isso, estabelece materiais de apoio e guias que são formas de deixar bem claro o que está sendo visto pelos algoritmos e quais caminhos seguir.

Com o Google Search Essentials, o trabalho de profissionais experientes e até mesmo de leigos se torna mais eficiente e assertivo, pois tem como base as boas práticas definidas pelo mecanismo de busca, um apontamento para o que realmente importa na análise e classificação de cada conteúdo da SERP.

Se o objetivo é ranquear entre as primeiras posições, não vale a pena discordar das diretrizes do Search Essentials e deixá-las de lado. Use a documentação atualizada como base para o trabalho de SEO e para a criação de conteúdo e invista hoje mesmo em uma consultoria especializada.

Com o apoio de uma equipe de especialistas, como a consultoria de SEO da Web Estratégica, seu site terá uma avaliação de destaque, garantindo boa análise e execução. Construímos a estratégia ideal com reuniões de acompanhamento constante e relatórios detalhados, além de oferecer produção de conteúdo revisado, original e de acordo com uma estratégia de personas.

Entre em contato e saiba mais sobre como podemos ajudar a aumentar o tráfego qualificado para o site através de estratégia e conteúdo de qualidade.

Jean Vialli
Coordenador de SEO na Web Estratégica. Formado em Publicidade e Propaganda pela FAE Business School. Atua com Marketing Digital e SEO desde 2017, com vivência em projetos internacionais em mais de 10 países. Também faz parte do Time de Experts da Aldeia Coworking, ministrando cursos presenciais de SEO em Curitiba-PR.
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