SEO ainda importa na era da IA?

Atualizado em 30 de maio de 2025
por Rafael Rez.

A resposta é sim! Mesmo com o avanço dos buscadores com inteligência artificial, como ChatGPT, Perplexity e a própria IA do Google, o SEO tradicional continua sendo essencial. Um estudo recente com 25 mil buscas mostrou exatamente por quê.

  • Sites no topo do Google têm mais chances de aparecer em buscas com IA.
  • O primeiro lugar no Google aparece em 25% das respostas do AI Overviews.
  • ChatGPT e Perplexity também usam rankings do Google como base.
  • A lógica agora é: menos “melhor página”, mais “melhor resposta”.

Os resultados de um estudo divulgado pela Ziptie, com 25 mil buscas reais em plataformas como ChatGPT, Perplexity e AI Overviews, mostram que o ranking tradicional do Google ainda é fundamental.

Sites que aparecem entre os dez primeiros resultados têm mais chances de serem usados como fonte pelas ferramentas de IA. Quando um site está na primeira posição do Google, ele aparece em 25% das respostas da IA do próprio Google. Isso indica que, mesmo com os avanços da inteligência artificial, o posicionamento nos resultados orgânicos continua influente.

O motivo está na forma como esses sistemas funcionam. A IA primeiro seleciona conteúdos com base no ranking tradicional, extrai informações dos melhores posicionados e só então gera uma resposta. Um documento interno do Google, citado durante o julgamento antitruste, confirmou que essa estratégia melhora a precisão das respostas.

Ainda assim, é comum ver fontes que não estão no top 10 aparecendo nas respostas. Isso acontece por dois motivos principais. Um deles é a personalização: resultados variam de acordo com o perfil de quem busca. O outro é o uso da técnica chamada “query fan-out”, onde a IA divide a pergunta em várias pequenas buscas relacionadas, ampliando o leque de fontes possíveis.

Um bom exemplo pode ser visto no Perplexity. Ao perguntar “o que é SEO e como ele se compara ao SEM?”, a ferramenta realiza várias buscas paralelas: “definição de SEO”, “como funciona PPC”, “SEO vs SEM”… Se um site for relevante em qualquer uma dessas buscas, mesmo fora do top 10, ele pode aparecer na resposta final.

A lógica, portanto, mudou. Antes, o foco era criar a “melhor página” sobre um tema. Agora, o importante é oferecer a “melhor resposta” para uma pergunta específica. Estar bem posicionado ainda é importante, mas não basta. O conteúdo precisa ser direto, útil e orientado à intenção de quem busca.

Para quem quiser conferir o estudo completo e todos os dados apresentados por Tomasz Rudzki, confira o artigo “SEO still matters for AI Search engines”, do Ziptie. 

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Rafael Rez
Fundador da agência de SEO & Conteúdo Web Estratégica e co-Fundador da Nova Escola de Marketing. Autor do livro de marketing: “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado no Brasil pela DVS Editora e em Portugal pela Editora Marcador. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013.