A pesquisa baseada em IA já altera o comportamento dos usuários e a visibilidade das marcas em 2025. Resumos gerados por IA, buscas multimodais e consultas mais complexas exigem novas estratégias de SEO e conteúdo. Entender essas tendências é fundamental para manter relevância e presença digital.
- Respostas de IA priorizam citações e síntese de múltiplas fontes em vez de rankings tradicionais.
- Consultas estão mais longas e específicas, exigindo conteúdo direto e contextualizado.
- Busca multimodal integra texto, imagem, áudio e vídeo, ampliando formatos de resposta.
- CTR cai quando resumos de IA aparecem, mudando o foco para menções e citações.
- Visibilidade depende de ser citado em respostas de IA, não só de aparecer nos resultados.
A ascensão da pesquisa em IA está mudando o papel do SEO e do marketing de conteúdo. Em vez de apenas listar links, motores como Google AI Overviews, ChatGPT e Perplexity agora entregam respostas sintetizadas, citando fontes confiáveis e misturando dados de diferentes origens.
E esse cenário provavelmente vai se intensificar. Um estudo da Semrush trouxe as tendências da busca com IA para 2026, antecipando os desafios que profissionais de SEO e conteúdo podem enfrentar no próximo ano.
Entra os itens citados, está o fato de que o padrão de busca está mais sofisticado. Usuários digitam perguntas completas e detalhadas, esperando respostas diretas e contextualizadas. Isso exige que o conteúdo seja estruturado para responder cenários específicos, usando linguagem natural e evitando ambiguidades. Conteúdos que antecipam dúvidas e trazem exemplos práticos têm mais chances de serem referenciados por IA.
Ferramentas como Google Lens processam bilhões de buscas visuais por mês, e a integração de texto, imagem, voz e vídeo nas consultas amplia as possibilidades de resposta. Para ser interpretado por IA, o conteúdo precisa de transcrições, legendas e descrições detalhadas, tornando áudio e vídeo acessíveis e indexáveis.
O comportamento do usuário também acompanha essa evolução. Jovens da Geração Z e millennials usam IA para buscar informações quase o dobro dos adultos mais velhos. Marcas que produzem conteúdo adaptado a esse público, com linguagem de perguntas e formatos curtos e visuais, ganham vantagem competitiva em ambientes de IA.
A taxa de cliques (CTR) está em queda e provavelmente não deve retornar aos patamares anteriores. Quando resumos de IA aparecem, menos usuários clicam em links, mesmo que estejam bem posicionados. Estudos apontam queda de até 15,5% no CTR em buscas com AI Overviews, e apenas 1% dos usuários clicam em links dentro desses resumos. O tráfego deixa de ser o principal indicador de visibilidade.
A visibilidade passa a ser medida também por menções e citações em respostas de IA. Para conquistar esse espaço, é essencial estruturar o conteúdo em blocos claros, com dados atualizados, fontes visíveis e seções autoexplicativas. Métricas como presença em resumos de IA, menções e engajamento em plataformas de IA ganham peso ao lado do tráfego tradicional.
A adaptação para esse novo cenário em 2026 exige clareza, contexto e estrutura. Auditar indexação, atualizar conteúdos antigos, adicionar elementos multimídia com descrições e monitorar citações em ferramentas especializadas são ações práticas. O uso de dados estruturados deve ajudar, mas a clareza textual é o principal critério para ser citado.
No médio prazo, marcas que investirem em conteúdo extraível, confiável e multimodal tendem a manter relevância mesmo com a queda do CTR. O risco está em depender apenas do tráfego tradicional e ignorar a nova dinâmica de visibilidade. Monitorar a evolução dos algoritmos e ajustar formatos será tarefa contínua.
Ainda há incertezas sobre critérios de seleção de fontes pelas IAs e a disponibilidade de recursos pode variar por região. O acompanhamento de métricas de visibilidade em IA e a adaptação constante são essenciais para não perder espaço.
Para se aprofundar mais nas tendências, acesse o artigo “AI Search Trends: How Generative Engines Are Changing Search“, publicado pela Semrush.
