Como funciona a inteligência artificial: guia completo com exemplos!

27/03/2023

Uma das grandes questões da humanidade hoje é como a inteligência artificial funciona de fato, pois até bem pouco tempo a invenção era apenas obra de ficção científica. Com o passar dos anos, se tornou uma tecnologia essencial e parte de nosso dia a dia.

Hoje em dia ela está presente em diversas áreas, da medicina à informática e manufatura industrial. Além disso, está presente nos chatbots de atendimento, nos assistentes de voz e na automação industrial.

Segundo pesquisa da Markets & Markets, o mercado de IA movimentará U$ 190 bilhões até o final de 2025. Isso já nos dá uma clara noção do potencial de crescimento desse nicho.

Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre como a inteligência artificial realmente funciona. Nos próximos parágrafos você descobrirá a sua origem histórica, como ela funciona, quais são os tipos existentes, algumas estratégias e conhecerá exemplos reais e práticos. 

O que é e como surgiu a inteligência artificial?

A inteligência artificial é um conceito que surgiu no universo da ciência da computação, mas se tornou interdisciplinar com múltiplas abordagens, se concentrando na capacidade de dispositivos eletrônicos interpretarem dados externos e utilizarem essa aprendizagem para simular o pensamento humano.

Os avanços da inteligência artificial dividem-se em duas vertentes: a do aprendizado de máquina, o Machine Learning, e o aprendizado profundo, o Deep Learning. Nesse sentido, o objetivo da inteligência artificial é fazer com que as máquinas pensem como seres humanos.

É claro que o pensamento humano é bem diferente de uma máquina, mas os avanços tecnológicos de hoje permitem até mesmo que máquinas desempenhem o que antes era impossível. Vemos isso na indústria, por exemplo, e em outras funções repetitivas de raciocínio mais lógico.

Como funciona a inteligência artificial: linha do tempo da criação da inteligência artificial.

Não se sabe exatamente quando surgiu a inteligência artificial, mas sabe-se que o termo foi cunhado em 1956 por John McCarthy, na conferência de Dartmouth. No entanto, a sua história remete à criação dos primeiros computadores em meados do século XX. Na década de 1950, inclusive, surgiram as primeiras pesquisas sobre o tema com base em estudos de Alan Turing.

Nos anos de 1960, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos iniciou suas primeiras pesquisas para treinar um computador a simular raciocínios humanos. Mais tarde, a partir de 1980, com as revoluções industriais e os avanços tecnológicos, as pesquisas nessa área foram aprofundadas. 

Como a inteligência artificial funciona?

A maneira como a inteligência artificial funciona depende do tipo, da técnica utilizada e da maneira como cada um opera. Entretanto, todos partem sempre da mesma base, que são os algoritmos. 

Para compreendermos o que é um algoritmo, basta entendermos o que é software e hardware e a diferença entre eles. O hardware é a parte física de qualquer máquina, já o software é o “cérebro” que faz a máquina funcionar. 

O algoritmo é o emissor da sequência de instruções que comanda o funcionamento do software, que pode, por consequência, promover os movimentos de um hardware. Na prática, é como se o algoritmo fosse uma receita qualquer que explica o passo a passo de como cozinhar.

Nesse sentido, o que vai determinar se a comida preparada vai ser boa ou não é a técnica utilizada pelo cozinheiro que a prepara. Com a IA não é diferente, pois é a combinação de algoritmos que vai determinar qual será a complexidade do sistema a ser criado.

Vamos agora compreender algumas das principais técnicas utilizadas para que a IA funcione. 

Machine learning

O aprendizado de máquina, ou Machine Learning, no inglês, é a capacidade dos sistemas aprenderem sozinhos e tomarem decisões com base nesse aprendizado, encontrando soluções não programadas.

O Machine Learning pode ser visto em funcionamento em serviços como da Amazon ou da Netflix, por exemplo, com as sugestões personalizadas de filmes e séries a partir do que já foi visto anteriormente pelo usuário.

O que ocorre nesse caso é que os algoritmos analisam os dados de consumo do usuário e reconhecem padrões, sugerindo produtos alinhados ao gosto de cada um.

Deep learning

O Deep Learning, ou Aprendizado Profundo, em português, é um aprofundamento do Machine Learning, tornando o aprendizado do sistema mais complexo e inteligente e fornecendo resultados mais assertivos.

O Deep Learning funciona similarmente às ligações entre os neurônios e o cérebro, com as suas redes neurais complexas.

Nesse modelo de aprendizado profundo, o sistema passa a recolher uma maior quantidade de dados, com diversas camadas de informação, possibilitando que a máquina crie as suas próprias resoluções.

Uma aplicação prática disso é o que encontramos no reconhecimento de imagens e fala ou até no desenvolvimento de veículos autônomos, além das utilizações em áreas como Tecnologia e Medicina.

Redes neurais

As redes neurais são facilitadoras do deep learning porque são sistemas computacionais interconectados que simulam neurônios do cérebro humano. Artificialmente falando, esse neurônio chama-se perceptron. As pilhas de perceptron criam redes neurais artificiais em sistemas de computador.

Por meio dessas redes e com a ajuda de algoritmos, é possível reconhecer padrões complexos, fazer associações e dar significado ao que não está bem definido.

Podemos ver uma aplicação prática disso nos e-commerces que identificam as preferências dos usuários, fazem recomendações e usam sistemas de atendimento sofisticados. Essa é uma das razões pela qual um e-commerce precisa de Inteligência Artificial.

Visão computacional

Como o nome sugere, essa técnica está relacionada a máquinas que enxergam. Isso ocorre porque ela permite que os computadores identifiquem, processem e interpretem dados de informações visuais, como gráficos, tabelas e imagens contidas em documentos PDF, por exemplo.

Essa técnica utiliza o deep learning, que falamos anteriormente, para realizar o aprendizado mecânico, emitindo atividades que dependem da visão humana e podem gerar análises úteis. 

Uma aplicação prática dessa técnica está no reconhecimento facial feito para desbloqueio de smartphones ou mesmo em alguns aeroportos do mundo que já utilizam a leitura facial como forma de reconhecimento de identidade.

Como já dissemos antes, essas são algumas das abordagens previstas na IA, mas tudo depende dos objetivos definidos para o seu uso, bem como do tipo de inteligência artificial escolhida. É exatamente isso que veremos em mais detalhes a seguir.

Quais são os tipos de inteligência artificial?

Com a evolução da tecnologia e dos estudos sobre como a inteligência artificial realmente funciona, novos conceitos e novas perspectivas surgiram. Uma dessas novas contribuições foi a diferenciação entre inteligência artificial fraca e forte.

Inteligência artificial forte

É classificado como uma inteligência autoconsciente, pois consegue raciocinar e resolver problemas de maneira rápida e assertiva.

É por isso, inclusive, que esse é o tipo de inteligência artificial que mais gera polêmica, porque é vista como uma alternativa aos trabalhadores das empresas. 

De igual modo, há ainda controvérsias em relação à parte ética desse tipo de IA, devido à criação de sistemas diferenciáveis do ser humano no quesito cognitivo. Questões como essas foram discutidas em filmes como “Eu Robô” e “O Homem Bicentenário”.

Inteligência artificial fraca

Ao contrário do tipo anterior, a inteligência artificial fraca não tem autoconsciência, ou seja, não tem grande poder para imitar cognitivamente o raciocínio humano.

Isso significa que, na prática, ela pode até processar um grande volume de dados e fornecer resultados, mas sem aquela consciência toda que a IA forte tem.

A inteligência artificial fraca está presente em outra base da IA, como no processamento da linguagem natural, pois se utiliza de softwares e algoritmos específicos para simular uma conversa humana.

A IA fraca é o tipo mais visto e usado hoje em dia e constitui boa parte dos avanços feitos até então, com poucos avanços na IA forte.

5 estratégias de inteligência artificial nos negócios

Até aqui, você compreendeu como a inteligência artificial funciona e que ela já é utilizada largamente em diversos setores da economia, desde a logística até o atendimento ao cliente. Vejamos algumas dessas aplicações na prática e como usar na sua estratégia.

1. Logística

Nesse setor, vemos uma grande utilização da IA na análise de dados e nas previsões em tempo real. Com isso, as empresas reduzem custos, prazos e agregam valor aos seus negócios.

Isso ocorre, por exemplo, para identificar rotas com menos tráfego, o que reduz, consequentemente, o tempo de entrega e o consumo de combustível da frota.

2. Automações

A automação é uma realidade nas indústrias há muito tempo, sendo um dos primeiros setores a adotar esse tipo de inteligência. Hoje em dia, com a indústria 4.0, esse cenário ficará ainda mais veloz.

A inteligência artificial proporcionou que as máquinas pudessem fabricar e conferir produtos sem auxílio humano. 

Há ainda por vir equipamentos que criam e executam projetos de forma autônoma, realizando um trabalho criativo e sem limitações de uso.

3. Análise de dados

Através de redes neurais e aprendizados mais complexos, a IA é capaz de oferecer uma análise de dados mais completa, podendo identificar informações escondidas em sistemas de armazenamento, por exemplo.

Espera-se inclusive, como uma evolução prevista, que seja possível um cruzamento de dados com maior facilidade.

Um estudo realizado pela IBM em 2019 concluiu que 3 em 4 empresas dizem que, para elas, é importante confiar nas análises, resultados e recomendações da IA.

4. Atendimento ao cliente

Costumamos ver essa aplicação diariamente ao nos deparamos com chatbots nos sites de e-commerce, por exemplo, ou com sistemas de processamento de linguagem cada vez mais naturais e inteligentes, estando disponível ao usuário 24 horas por dia.

Além disso, dois dos exemplos mais bem sucedidos na utilização dos bots no atendimento ao cliente são a Lu da Magazine Luiza ou a LIA da Leroy Merlin.

5. Saúde 

Também é um setor no qual vemos na prática como funciona a inteligência artificial, especialmente durante a pandemia da Covid-19. Através dela foi possível identificar focos de contaminação, auxiliar centros de saúde no gerenciamento de chamadas, combater a fake news, responder dúvidas do público, além de ter passar a permitir que médicos começassem a atender de forma virtual e dessem um diagnóstico assertivo por meio da telemedicina.

Exemplos de uso da inteligência artificial 

Agora que já conhecemos algumas aplicações da IA nos negócios, vamos, por fim, conhecer na prática como a inteligência artificial realmente funciona nas ferramentas que utilizamos quase diariamente em mecanismos de pesquisa. 

Google Maps

O Google Maps chegou a um ponto em que possui um poderoso meio de aplicação da IA em seus processos. Isso pode ser visto através do recurso de previsão de chegada ao destino que o aplicativo tem realizado com cada vez mais exatidão.

Além disso, o Google Maps é capaz de exibir resultados de deslocamento e movimentação de passageiros em tempo real. É até mesmo possível visualizar trechos em obras no percurso, por exemplo.

Na parte de pesquisa, o uso da localização permite ao Google recomendar serviços próximos a sua residência ou trabalho, identificando as melhores oportunidades por meio do SEO local – estratégia indispensável para empreendedores.

Amazon

Como dissemos anteriormente, ao utilizar técnicas como o machine learning, a Amazon é capaz de analisar o perfil comportamental do usuário no site e fazer recomendações de compra a partir do perfil traçado. A empresa chama o seu sistema de recomendações no e-commerce de “item-based collaborative filter”. 

Uma outra ação que ocorre na Amazon por conta da sua tecnologia de IA é a recomendação cruzada. Ao assistir a um filme em seu serviço de streaming, a Amazon Prime Video, você encontra a recomendação para um produto que apareceu no filme em seu e-commerce.

Tik Tok

Assim como ocorre em outras redes sociais, o Tik Tok utiliza a inteligência artificial para mostrar publicações na linha do tempo por relevância, de acordo com o tipo de publicação que gerou maior engajamento por parte dos usuários. 

Outro ponto em que a IA atua é na sugestão de amigos ou outros usuários que a pessoa também pode se conectar.

Recentemente o Tik Tok lançou um novo recurso de IA chamado “AI Greenscreen”, que cria imagens a partir de textos dos usuários. Para utilizar, basta que o usuário selecione o efeito que quer e escreva na tela como deseja ilustrar. A partir do que foi escrito, a inteligência artificial cria uma imagem da cena.

Gupy

Nos últimos tempos, ficou evidente o quanto a IA também está revolucionando os Recursos Humanos, facilitando os seus processos através de plataformas virtuais. Assim como aconteceu com a Gupy, que criou o seu próprio sistema de IA chamado Gaia.

O trabalho da Gaia consiste em analisar e organizar os currículos de acordo com a afinidade dos candidatos com a vaga. O algoritmo da Gaia ranqueia as pessoas e coloca no topo aquelas que o sistema identifica que tem maior compatibilidade com as empresas. 

Executivos da empresa afirmam que, com esse processo feito pela IA, todos os currículos são lidos, algo que não aconteceria se o processo fosse feito pelos recrutadores.

O banco de dados da plataforma possui 6 bilhões de frases e palavras que treinam a Gaia para realizar o processo de triagem, a tornando mais semântica, de acordo com Bianca Ximenes, a Diretora de inteligência artificial na Gupy.

É importante também enfatizar que a Gaia é capaz de validar e autenticar documentos enviados pelos candidatos, traduzindo a fotografia para texto legível no computador. Por isso, a plataforma incentiva que empresas e candidatos não economizem palavras nas descrições colocadas na plataforma.

Inteligência artificial, resultados orgânicos 

Você pôde ver o que é a inteligência artificial, a sua história e origem, além de como realmente funciona. Dentre diversos tipos, as 5 estratégias de IA nos negócios e alguns exemplos de uso podem mudar seu dia a dia e impulsionar os resultados. 

Para além de tudo isso, a inteligência artificial se tornou uma ótima aliada do marketing digital e dos e-commerces, melhorando a experiência do usuário e aumentando o faturamento.

Em meio a tantas possibilidades, é preciso cautela, expertise e boas parcerias. Do que adianta possuir uma ferramenta tão completa quanto a IA, sem saber aplicá-la? Resultados sólidos vem com os usos corretos das possibilidades atuais e das muitas que irão surgir. 

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Daniela Ferreira
Head de Operações na Web Estratégica. Formada em Publicidade e Propaganda, trabalha a 9 anos com Marketing Digital, sendo 5 anos na disciplina de Marketing de Conteúdo, atua hoje como liderança de operações dos times de SEO e Conteúdo.
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