IA no marketing: criatividade em risco?

Atualizado em 25 de outubro de 2024
por Dionei Serino.

As ferramentas de IA estão tornando o marketing mais mediano ao amplificar ideias fracas e limitar a inovação. Sem a criatividade humana, a tecnologia não é capaz de produzir resultados genuinamente novos ou impactantes.

  • IA amplifica ideias, não cria inovação.
  • Dependência excessiva em tecnologia sufoca a criatividade.
  • Criatividade precisa de esforço e não pode ser terceirizada para IA.
  • O risco real é a complacência, não a inteligência da IA.

O marketing vem incorporando o uso de IA para agilizar a criação e personalização de conteúdo. No entanto, esse impulso por eficiência trouxe uma consequência inesperada: a criatividade está sendo deixada de lado.

Estamos focando tanto em usar as ferramentas de maneira otimizada que esquecemos do essencial — a capacidade de gerar ideias originais.

Muitos profissionais de marketing estão cada vez mais dependentes da tecnologia para cada etapa do processo criativo. Isso gera resultados previsíveis e medianos. Se a ideia inicial já não é boa, a IA só vai reproduzir mais disso. Por isso, a tecnologia deve ser um complemento e não a base da criação de conteúdo.

O maior risco da IA não está em sua inteligência, mas na complacência que ela pode causar. Quando deixamos que a tecnologia assuma todo o processo criativo, perdemos o que realmente torna o marketing valioso: a conexão humana e a criatividade. Precisamos de uma abordagem estratégica para garantir que a IA complemente, e não substitua, nosso pensamento crítico.

Criar algo novo e relevante exige esforço. Essa resistência é necessária para gerar ideias e desenvolver estratégias. Esse atrito nos força a pensar criticamente e a questionar o que sabemos, gerando inovação verdadeira. Se deixarmos a IA assumir todo o processo, acabamos terceirizando o aprendizado e a criatividade, elementos que só o humano pode trazer para o marketing.

A IA é sim poderosa e deve ser vista como uma ferramenta para amplificar nossas ideias. Jamais como uma substituta para elas. Precisamos manter o foco na criatividade humana, garantindo que a tecnologia seja usada de forma estratégica. Sem esse equilíbrio, o marketing corre o risco de se tornar previsível, sem o elemento humano que é essencial para resultados autênticos.

Para ler mais sobre o uso de IA no marketing e seus riscos, recomendo o artigo “Embrace the Valuable Friction Between Creativity and Technology”, do Content Marketing Institute.

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Dionei Serino
Head de Marketing na Web Estratégica. Formado em design gráfico com especialização em marketing digital. Em 10 anos de carreira, possui passagens pela indústria e pelo mercado SaaS, sempre atuando no marketing B2B.