Um estudo mostrou que bancos que investem em naming rights de estádios esportivos têm até 3,7 vezes mais visibilidade em buscas por IA em suas cidades-sede. O estudo, realizado em 2024, mostra que o impacto é especialmente relevante em mercados regionais e pode ser mensurado financeiramente.
- Bancos patrocinadores têm 3,7x mais visibilidade em IA nas cidades dos estádios.
- O efeito é mais expressivo em mercados médios, onde marcas locais se destacam.
- ChatGPT, Google AI Overviews e Perplexity reforçam a tendência de priorizar marcas locais.
- O retorno financeiro direto cobre cerca de 6% do custo médio anual do patrocínio.
- Estratégias digitais regionais podem gerar sinais semelhantes sem grandes investimentos.
O patrocínio de estádios por bancos gera um efeito direto na visibilidade dessas marcas em respostas de inteligência artificial, especialmente em mercados locais. O levantamento analisou 21 bancos com naming rights ativos em estádios das principais ligas esportivas dos EUA, comparando a frequência de menções em IA nas cidades dos estádios versus outras regiões. O resultado: bancos patrocinadores aparecem em 53,9% das recomendações de IA em suas cidades-sede, contra 14,4% fora delas, um aumento de 3,7 vezes.
A análise incluiu plataformas como ChatGPT, Google AI Overviews e Perplexity, todas mostrando tendência de favorecer marcas com forte presença local. ChatGPT citou bancos patrocinadores em 59,3% das respostas, enquanto Perplexity ficou em 50,2%. A fonte dos dados (treinamento ou busca web) influencia, mas o padrão de maior visibilidade local se mantém.
O impacto é mais forte em mercados médios. Em grandes centros como Nova York e Los Angeles, a concorrência nacional dilui o efeito, e alguns bancos não tiveram ganho de visibilidade mesmo com altos investimentos.
Financeiramente, o estudo estima que o aumento de visibilidade em IA pode gerar até 47 mil impressões adicionais por ano, resultando em cerca de 940 a 1.400 novas contas, com valor incremental de até US$ 560 mil anuais. Isso representa aproximadamente 6% do custo médio de um naming right de estádio nos EUA, que gira em torno de US$ 7,4 milhões por ano. Ou seja, o retorno direto via IA é limitado, mas soma-se ao valor tradicional de reconhecimento de marca e cobertura midiática.
Podem parecer assuntos desconectados, mas o estudo sugere que sinais locais, como menções em mídia regional e associações com eventos comunitários, são captados por IA e podem ser replicados digitalmente. Estratégias como conteúdo regionalizado, parcerias locais e presença em notícias do mercado-alvo podem gerar efeitos semelhantes ao patrocínio de estádios, mas com menor investimento.
O estudo reforça que, para bancos e marcas com atuação local, autoridade e reconhecimento regional são determinantes para a visibilidade em IA. O desafio é equilibrar o investimento em ações offline de grande porte com iniciativas digitais que maximizem menções e relevância local.
Entre as limitações, o efeito é menor em mercados saturados por grandes marcas e o retorno financeiro cobre apenas parte do investimento. Mudanças de naming rights podem afetar rapidamente a visibilidade, como ocorreu com o Wells Fargo Center. Monitorar a evolução das respostas de IA e ajustar a estratégia local são passos essenciais para manter relevância.
O estudo foi divulgado no artigo “Study: Stadium Sponsorships Impact AI Visibility“, publicado pela Seer Interactive.
