Estudo revela o comportamento dos usuários no Google AI Mode

Atualizado em 10 de outubro de 2025
por Dionei Serino.

Um novo estudo da Search Engine Journal mostrou que usuários do Google AI Mode apresentam um comportamento de busca diferente. As pessoas passam mais tempo dentro do painel gerado pela IA, interagem menos com sites externos e tomam decisões diretamente nas respostas exibidas.

  • A maioria dos usuários permanece no painel do AI Mode sem visitar outros sites.
  • As respostas da IA concentram atenção e reduzem a taxa de cliques.
  • Usuários clicam apenas quando há intenção de compra ou ação direta.
  • A IA escolhe quais tipos de sites citar conforme a intenção da busca.
  • O novo formato exige que o SEO priorize visibilidade e autoridade, não apenas tráfego.

O estudo analisou como as pessoas se comportam dentro do AI Mode e revelou uma mudança na dinâmica da busca. Em cerca de 75% das sessões, os usuários não saíram do painel de IA. A experiência é mais completa e tende a satisfazer a curiosidade dentro do próprio ambiente, sem a necessidade de acessar outros sites.

O tempo médio de permanência foi alto, superando 50 segundos em várias tarefas. Isso mostra que o AI Mode funciona como uma interface de consumo de conteúdo, não apenas um ponto de partida. A atenção está concentrada na resposta gerada pela IA, que combina texto, imagem e, em alguns casos, recomendações diretas.

Os cliques externos ocorrem em menor volume e quase sempre com propósito transacional, como comparar preços, concluir uma compra ou validar informações. Em buscas informativas, a taxa de saída cai drasticamente, já que o usuário encontra tudo o que precisa dentro do painel.

Outro ponto revelado pela pesquisa é que a IA seleciona os sites que aparecem com base no tipo de intenção. Em consultas de compra, prioriza marcas e marketplaces. Em comparativos, exibe reviews e publicações especializadas. Já em temas de reputação ou opinião, cita portais e veículos editoriais. Essa seleção automática cria uma espécie de “curadoria algorítmica”, onde apenas sites percebidos como confiáveis e relevantes ganham visibilidade.

As prévias de produtos exibidas no painel funcionam como mini páginas de produto, mostrando imagem, preço e avaliação. Em muitos casos, essa visualização é suficiente para o usuário decidir, sem clicar. Quando há clique, ele é direcionado a sites já conhecidos ou com alta reputação.

Para o SEO e o marketing de conteúdo, o impacto é claro. O foco deixa de ser apenas atrair visitas e passa a garantir que o site seja citado nas respostas geradas pela IA. Isso exige conteúdo preciso, estruturado, atualizado e pronto para ser “extraído” pelo sistema e exibido com credibilidade.

As marcas precisam fortalecer sinais de autoridade (EEAT), investir em dados estruturados e adaptar textos para responder perguntas de forma direta. O objetivo é se tornar referência para a IA e não depender apenas do clique humano.

As métricas também precisam evoluir. Medir apenas visitas e posições deixa de fazer sentido quando boa parte das interações acontece dentro da própria busca. Um possível KPI é a visibilidade em IA: com que frequência a marca é mencionada, como é descrita e em quais tipos de consulta aparece.
Para se aprofundar mais no assunto, acesse o artigo “What Our AI Mode User Behavior Study Reveals About The Future Of Search”, publicado no site Search Engine Journal.

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Dionei Serino
Head de Marketing na Web Estratégica. Formado em design gráfico com especialização em marketing digital. Em 10 anos de carreira, possui passagens pela indústria e pelo mercado SaaS, sempre atuando no marketing B2B.