O Google atualizou suas diretrizes e orienta seus avaliadores a darem a nota mais baixa possível para conteúdos feitos por IA ou automatizados, sem esforço humano, originalidade ou valor real.
- Avaliadores devem aplicar nota “Lowest” a conteúdos gerados por IA sem curadoria humana.
- A definição de “conteúdo de baixa qualidade” foi ampliada para incluir abusos de IA.
- Reaproveitamento de domínio e conteúdo escalado também passam a ser penalizados.
- Informações exageradas sobre autores ou sites agora rendem nota baixa.
A nova diretriz foi revelada no Search Central Live, evento do Google realizado em Madri, por John Mueller, líder da equipe de Search Relations. A notícia ganhou repercussão após ser compartilhada pela especialista Aleyda Solis no LinkedIn. A partir de agora, o Google orienta seus avaliadores de qualidade a aplicar a nota mais baixa possível (“Lowest”) a conteúdos gerados por IA ou automações, sempre que não houver esforço humano, nem originalidade ou valor agregado.
Essa mudança faz parte da atualização de janeiro de 2025 das diretrizes dos avaliadores de qualidade, que agora trazem uma definição oficial de “IA Generativa”. O documento reconhece o potencial dessas ferramentas, mas destaca que seu uso indevido pode comprometer a qualidade do conteúdo publicado.
Para profissionais de SEO e conteúdo, essa mudança não é necessariamente uma novidade, mas representa um alerta. A produção em escala, sem revisão ou intenção clara, não é uma estratégia viável. O foco continua sendo a entrega de valor real ao usuário, com conteúdos que tragam utilidade, contexto e originalidade. Mais do que nunca, será necessário unir tecnologia e toque humano para manter a relevância e evitar penalizações.
Além disso, o Google reorganizou suas definições de spam. Passam a ser considerados abusos o uso de domínios expirados para ganhar autoridade, a publicação de conteúdo de terceiros em sites de alta reputação com o objetivo de ranqueamento e a produção em massa de conteúdo genérico. Tudo isso está detalhado em novas seções do documento.
O conceito de “filler” também foi incorporado às diretrizes. Textos inflados, introduções genéricas e excesso de anúncios que dificultam a navegação podem levar a avaliações negativas, mesmo quando não são diretamente prejudiciais.
Outra mudança importante diz respeito à apresentação dos autores ou sites. Informações exageradas ou pouco convincentes sobre experiência e autoridade agora são motivo para notas baixas. O Google orienta que a avaliação deve se basear no conteúdo entregue, e não apenas nas declarações feitas pelos criadores.
Para ver todos os detalhes da atualização, confira o artigo “Google quality raters now assess whether content is AI-generated”, do Search Engine Land.