Muitos profissionais ainda acreditam que orçamento, tecnologia e talento são os fatores decisivos no sucesso do marketing. Mas a experiência mostra que o que realmente separa times medianos de equipes de alto desempenho não são as ferramentas, e sim a forma de pensar e agir diante dos desafios.
- Repetição consistente de mensagens constrói autoridade e marca.
- Criar antes de consumir muda o foco do time de reativo para estratégico.
- Relações certas ampliam o teto de crescimento do marketing.
- Vender todos os dias não é ser agressivo, é oferecer valor contínuo.
Joe Pulizzi, fundador do Content Marketing Institute e autor do livro Burn the Playbook, defende que o sucesso em marketing vem de seis mudanças de mentalidade. Para ele, ferramentas e orçamento ajudam, mas não são o que realmente faz uma equipe se destacar. Cada uma dessas seis posturas representa um filtro para guiar decisões, gerar impacto e criar consistência.
A primeira mudança é ser orientado por metas. Times medianos olham apenas para métricas de atividade, como número de posts ou cliques. Já os times vencedores definem objetivos claros e mensuráveis, como gerar determinada receita ou se tornar referência em um nicho, e usam esse foco como guia para todas as decisões. É a diferença entre “estar ocupado” e “estar avançando”.
A segunda é abraçar o que torna a marca única. Pulizzi chama isso de tilt: a perspectiva singular que nenhum concorrente consegue copiar. Pode ser um tom editorial diferente, um público específico ou até uma forma inusitada de entregar valor. No Brasil, por exemplo, um e-commerce pode assumir o tilt de ser o mais transparente em logística, enquanto uma startup pode se posicionar como a que traduz tecnologia em linguagem simples. Sem esse diferencial, o conteúdo se mistura ao ruído digital.
A terceira é repetir para dominar. Muitas equipes desistem de uma mensagem antes mesmo do público assimilá-la. Mas branding é repetição. As pessoas precisam ouvir várias vezes para fixar uma ideia. Marcas fortes assumem três ou quatro mensagens centrais e as repetem de forma consistente por meses ou anos, até se tornarem parte da identidade da empresa.
A quarta é criar antes de consumir. Grande parte dos times começa o dia em modo reativo, respondendo a e-mails e redes sociais. Esse hábito drena energia e criatividade. Já os times de alto impacto reservam o primeiro momento do dia para gerar novas ideias, produzir conteúdo-chave ou analisar dados. Essa inversão muda completamente a produtividade e o nível estratégico do marketing.
A quinta é formar a rede certa de aliados. Nenhum time de marketing cresce isolado. É essencial construir relações com diferentes perfis: quem desafia ideias e traz franqueza, quem abre portas, quem inspira, quem apoia de perto. No contexto corporativo, isso pode significar desde conquistar o patrocínio de um diretor até transformar clientes satisfeitos em defensores da marca.
A sexta mudança é vender todos os dias. Isso não significa bombardear a audiência com promoções, mas oferecer constantemente um próximo passo claro como baixar um guia, assistir a um webinar, testar um produto. Vender, nesse sentido, é educar o público para perceber o valor da solução e se engajar de forma natural.
Essas seis mentalidades explicam por que alguns programas de marketing se perdem após poucas campanhas, enquanto outros constroem relevância por anos. Mais do que ferramentas ou orçamento, é a forma de pensar que multiplica resultados.
Para entender mais, acesse o artigo “6 Mindsets That Separate Average Marketing Teams From Great Ones”, do Content Marketing Institute.