Como reduzir a taxa de rejeição e aumentar a de conversão

24/02/2023

Quantas vezes você já precisou de uma informação, pesquisou no Google, acessou a página e saiu sem clicar em nada, mesmo que o conteúdo tenha sido útil de alguma forma? Esse comportamento é o que gera a taxa de rejeição e muitas vezes compromete as conversões, independente do segmento de mercado.

Design ruim, conteúdo de baixa qualidade, demora para carregar a página. Esses são apenas alguns fatores que influenciam diretamente no aumento da taxa de rejeição. Mas, fique tranquilo, nem sempre uma taxa de rejeição alta representa um problema, e é sobre isso que você vai ler neste artigo.

O que é a taxa de rejeição?

A taxa de rejeição é a métrica que mostra o volume de interação com o conteúdo de uma página. Se um usuário acessa a página e sai sem interagir, então há um sinal claro de rejeição.

Ela é um dos KPIs mais analisados em estratégias de SEO e pode ser facilmente confundida com a taxa de saída, que mostra o volume de pessoas que saíram do site através de uma página específica, independente desta página ter sido a de entrada.

Em resumo, a taxa de rejeição envolve apenas o acesso e a saída da página, enquanto a taxa de saída envolve a entrada, a interação e a saída.

Para acompanhar a taxa de rejeição em um site é preciso ter um script de análise de dados instalado, e o mais utilizado é o Google Analytics. Nele é possível ver a taxa de rejeição geral e também baseada em informações específicas, o que possibilita uma avaliação contextualizada, já que nem sempre a taxa de rejeição alta é algo ruim.

Um dos principais comportamentos que leva ao aumento da taxa de rejeição é o pogo sticking, quando o usuário fica pulando de link em link na SERP em busca da informação desejada, clicando no botão voltar do navegador sem interagir na página.

Se isso acontece, é sinal de que há algum problema na página, seja a nível estrutural ou de conteúdo. Por isso, é importante monitorar a taxa de rejeição, principalmente do ponto de vista da conversão, pois se ela não estiver acontecendo, então o objetivo pode não estar sendo cumprido.

CTAs fracos, conteúdo desalinhado com o público, demora para carregar a página e clickbait são apenas alguns fatores que influenciam no aumento da taxa de rejeição.

Nem sempre uma taxa alta representa problemas, já que, dependendo do objetivo da página, pode não haver nenhuma interação possível, fazendo com que o usuário entre e saia só consumindo o conteúdo.

Blogs, landing pages comerciais, sites institucionais, e-commerces, cada um tem seu objetivo e a taxa de rejeição terá um nível diferente, em alguns pode até ser superior a 90% e não ser um indicativo de problema.

Taxa de rejeição em blogs

O blog é um dos canais de conteúdo que tem o maior nível de taxa de rejeição segundo o Google, variando entre 70% e 98%, e o motivo é bem simples.

As pessoas que acompanham blogs entram sempre que tem uma nova postagem e consomem apenas ela, pois as demais já foram vistas. Como geralmente o número de visitantes recorrentes é maior do que o de novos visitantes, isso eleva a taxa de rejeição.

Os novos visitantes entram, consomem o conteúdo recente e, se gostarem, buscam mais conteúdos e podem até se tornar visitantes assíduos. Nesse cenário, o ideal é analisar a taxa de rejeição dos novos visitantes, pois ela dará informações mais alinhadas com o comportamento deles e permitirá saber se realmente a taxa de rejeição está alta.

Para melhorar a taxa de rejeição de um blog é preciso fazer o público navegar por outros conteúdos e interagir com as páginas.

Links internos ao longo do conteúdo para complementar a informação, sugestão de conteúdos ao final do post e formulário para assinar a newsletter ou baixar a versão em PDF do texto são ótimas formas de interação e que influenciam na queda da taxa de rejeição.

Existem, porém, outras coisas que podem ser feitas em blogs para manter a rejeição em um nível aceitável dentro da estratégia proposta. Como:

  • Ter um texto bem estruturado, revisado, legível e escaneável;
  • Explorar links internos com textos âncoras e links bem selecionados;
  • Usar CTAs para incentivar a interação;
  • Não exibir o texto completo na página principal;
  • Alinhar o conteúdo à expectativa do usuário;
  • Ter um layout que proporciona uma UX de qualidade.

 

Analisar periodicamente a taxa de rejeição e as conversões é essencial para identificar os pontos de melhoria e ajustar a estratégia. Sem análise, é impossível fazer mudanças positivas.

Taxa de rejeição em landing pages

Assim como os blogs, as landing pages possuem uma taxa de rejeição elevada de acordo com o Google, variando entre 70% e 90%. Isso acontece porque geralmente elas são utilizadas para transmitir uma informação específica ou então para vender algum produto ou serviço.

No caso de landing pages informativas, a tendência é que elas apresentem taxa de rejeição mais alta do que LPs que vendem algo ou disponibilizam algum material para download pelo simples fato de não terem um componente de interação direta.

A taxa de rejeição elevada de uma landing page pode estar ligada a 4 aspectos principais:

  • Velocidade de carregamento;
  • Alinhamento do conteúdo da página com a chamada que levou ao acesso;
  • Ausência de CTA eficaz;
  • Experiência do usuário ruim, principalmente em dispositivos móveis.

 

Dentro desses aspectos principais estão outros como formulário muito grande ou de preenchimento complicado, organização inadequada do conteúdo, baixa escaneabilidade e design de baixa qualidade.

Para reduzir a taxa de rejeição em landing pages, é importante considerar os seguintes pontos de melhoria:

  • Design que proporcione uma experiência de navegação fácil e intuitiva, tanto no desktop quanto no celular;
  • Alinhamento de conteúdo entre anúncios e landing page;
  • CTAs bem elaborados e consistentes com a mensagem e o público;
  • Conteúdo original e verdadeiro;
  • Velocidade de carregamento da página.

 

O que é uma boa taxa de rejeição?

Para saber o que é uma boa taxa de rejeição, é preciso saber a diferença entre a taxa de rejeição alta e a baixa.

A taxa de rejeição alta significa duração geral da sessão curta. Os usuários entram na página e saem sem nenhuma interação. A taxa de rejeição baixa significa duração de sessão longa, com os usuários entrando na página e interagindo, clicando nos links e navegando em outras páginas.

Nem sempre a taxa de rejeição alta é ruim, ela vai depender de métricas e critérios estabelecidos na estratégia.

Se o objetivo é que os usuários visualizem mais de uma página, então a taxa de rejeição alta é ruim. Se for um site de página única, como uma landing page, por exemplo, a taxa de rejeição alta é normal.

Conforme já foi falado pelo Google, existe uma variação da taxa de rejeição em relação aos segmentos de mercado. Tomá-la como base é essencial para entender quais os níveis aceitáveis dentro da estratégia de SEO e marketing de conteúdo.

  • 10% a 30% – Sites de serviços;
  • 20% a 40% – Sites de varejo;
  • 30% a 50% – Sites de geração de leads;
  • 40% a 60% – Sites de conteúdo;
  • 70% a 90% – Landing Pages Institucionais;
  • 70% a 98% – Blogs.

 

A partir dessas informações, é importante considerar um contexto para analisar a taxa de rejeição, caso contrário a avaliação pode ser equivocada, comprometendo a estratégia e os resultados possíveis.

Entre os principais relatórios do Google Analytics que podem apoiar essa análise contextualizada, estão:

  • Relatório de visão geral do público: fornece a taxa de rejeição geral do seu site;
  • Relatório de canais: fornece a taxa de rejeição de cada agrupamento de canais;
  • Relatório de todo o tráfego: fornece a taxa de rejeição de cada combinação origem/mídia;
  • Relatório de todas as páginas: fornece a taxa de rejeição de páginas individuais.

 

Uma boa taxa de rejeição é aquela que fica dentro dos níveis aceitáveis definidos junto das métricas e KPIs que orientarão a análise dos resultados, baseada em contextos específicos, proporcionando uma melhor tomada de decisão.

Como melhorar sua taxa de rejeição?

Até aqui foram apresentadas algumas ações que influenciam na queda da taxa de rejeição, independente do tipo de página ou segmento de mercado que se está inserido.

Agora você verá ações mais específicas e detalhadas, que podem – e devem – ser implementadas em todo tipo de página que se deseja reduzir a taxa de rejeição e gerar conversões.

Crie conteúdos relevantes

O conteúdo tem se tornado um dos principais diferenciais no ranqueamento das páginas. Ele exerce influência direta na taxa de rejeição pois, se o usuário não gostar do conteúdo, ele não continuará navegando para outras páginas dentro do site.

Seja em um site institucional, um blog, uma landing page ou um e-commerce, o conteúdo é essencial para transmitir credibilidade e gerar confiança no usuário. Além, é claro, de entregar a ele a informação ou solução que procura.

Para criar conteúdos relevantes, a base é conhecer o público. Comportamentos, dúvidas, necessidades, quanto mais informação tiver melhor, pois ele permitirá a criação de conteúdos sobre assuntos variados dentro de uma zona de interesse.

Estruturar esse conteúdo com uma linguagem adequada à persona, transmitindo as informações essenciais, com a profundidade adequada para a etapa do funil de marketing e com um design que favoreça a leitura e escaneabilidade, com certeza, influenciará na queda da taxa de rejeição.

Para auxiliar nesse processo, você pode usar ferramentas como Semrush, Ubersuggest, Answer The Public e o Planejador de palavras-chave do Google, que dão insights bastante interessantes tanto sobre o público quanto sobre os conteúdos a produzir.

A melhor opção, porém, é contar com um time de conteúdo especializado que possa redigir textos diversos com base em uma estratégia personalizada, levando em conta os objetivos do time de marketing e até mesmo os insights da equipe de vendas. Na Web Estratégica, você encontra SEO e conteúdo combinados, um pacote essencial para resultados duradouros. 

Cuidado com o clickbait

O clickbait é a prática que mais afeta a taxa de rejeição, afinal de contas, ninguém gosta de ser enganado, e é isso o que ele faz. Criar títulos e descrições apenas para atrair cliques é prejudicial tanto para a taxa de rejeição quanto para a credibilidade do site.

Quando alguém faz uma pesquisa no Google, está em busca de informação que possa lhe ajudar. Quando isso não acontece e o conteúdo não tem nada a ver com a chamada, perde-se a oportunidade de construir uma relação de confiança e ganhar um visitante assíduo.

Veja a seguir uma lista com alguns aspectos que devem ser considerados na hora criar títulos e descrições verdadeiros e geradores de conexão:

  1.   Desperte o interesse;
  2.   Aguce a curiosidade;
  3.   Seja persuasivo;
  4.   Seja abrangente;
  5.   Promova emoção;
  6.   Seja simples.

 

Você não precisa dizer tudo no título, por isso existe a descrição. Nela você pode complementar a ideia e aguçar ainda mais a curiosidade do público, sem frustrá-lo ao ver o conteúdo completo.

Coloque links internos

Os links internos são mais do que um complemento ao conteúdo das páginas, eles são uma forma de reduzir a taxa de rejeição através de uma interação estimulada, mas, para isso, precisam ser utilizados estrategicamente.

Quando os links internos são explorados ao longo da página, seja nos textos, botões ou banners, ajudam a distribuir autoridade entre as páginas do site, além de gerar interações, fator principal para diminuir a rejeição.

Ao criar links internos nas páginas do site, procure linkar para conteúdos populares ou relacionados ao tema; no texto âncora, use palavras-chave de modo que fique o mais claro possível o conteúdo que o usuário encontrará ao clicar no link.

No site institucional você pode explorar links internos para páginas que aprofundam sobre determinados assuntos. Nos blogs, você pode linkar para os posts complementares. No e-commerce, você pode usar os links internos nas páginas de produto, para levar o usuário a páginas com informações mais práticas, como dicas, por exemplo.

Deixe a conversão mais fácil

Uma das maneiras de facilitar a conversão é tornando o processo mais curto. Se o objetivo da conversão é o usuário se cadastrar na newsletter, então basta colocar o formulário diretamente na página, ao invés de usar um banner ou botão, que leva para uma outra página com o formulário.

Se o objetivo é efetuar uma venda, então coloque um botão que leve para o checkout e, nessa página, permita ao usuário preencher tudo o que for necessário, sem a necessidade de acessar páginas diferentes para cada tipo de informação.

Quanto menos cliques o usuário precisar para chegar ao objetivo, melhor! Para que a taxa de rejeição caia, ele só precisa de interação dentro da página.

Faça um layout bem feito

O layout é um fator que influencia muito na taxa de rejeição, principalmente quando o acesso é feito por dispositivos móveis. Ele influencia no tempo de carregamento da página, na disposição das informações, na legibilidade do conteúdo, na atração e na percepção do usuário.

Um site onde o conteúdo é muito bom, mas o layout é ruim, torna a leitura difícil e tem muita interrupção por pop-ups e banners de publicidade, o que leva a uma taxa de rejeição maior que um site onde o conteúdo é mediano, mas a experiência do usuário é melhor, sem interrupções e fácil de ser escaneado e lido.

Por isso é importante dar atenção ao layout das páginas dentro da estratégia de SEO. O site é a casa digital da marca e precisa ser aconchegante, proporcionar bem-estar ao visitante e fazer com que ele parta tendo o desejo de voltar mais tarde.

Não esqueça do mobile

O acesso à internet por dispositivos móveis está se tornando cada vez maior do que por meios tradicionais. Com isso o Google definiu fatores de rankeamento relacionados a dispositivos móveis, como o mobile first, para garantir que os resultados da busca entregue conteúdo de qualidade, seja qual for o dispositivo utilizado.

Se um usuário acessa uma página pelo celular e a experiência é ruim, ele nem continua a navegação. Ele sai e ajuda a aumentar a taxa de rejeição. Se é beneficiado por um design bem feito, que dá destaque aos elementos essenciais e permite fluidez e facilidade de navegação, então segue navegando por mais páginas.

Velocidade de carregamento, design responsivo e uma arquitetura de informação que possibilite uma UX de qualidade é fundamental para ganhar pontos de rankeamento nos fatores mobile.

Quando a taxa de rejeição cai, a conversão aumenta

A conversão não deve ser medida com base na taxa de rejeição, mas quando o público passa mais tempo navegando no site, as chances de conversão aumentam.

Em um blog, a conversão pode se dar na quantidade de páginas visitadas a cada acesso. No site institucional, ela pode acontecer quando o visitante entra em contato. No e-commerce, quando a venda é realizada.

Entrar e sair pela mesma página nem sempre é ruim, mas pode não representar a conversão ideal que se busca, por isso colocar em prática tudo o que foi falado neste artigo é fundamental para que a estratégia de SEO gere resultados, principalmente a redução da taxa de rejeição.

Além de todas as implementações possíveis que falamos aqui, existe uma outra forma de melhorar a taxa de rejeição olhando para ela de maneira estratégica – através do investimento em uma consultoria de SEO.

Com um time de especialistas é possível contar com uma equipe preparada para analisar o cenário, identificar os problemas, propor e implementar soluções para que seja possível alcançar os resultados.

Essa é a missão da Web Estratégica. Conheça nosso trabalho e veja como podemos ajudar você e sua equipe a alcançar resultados consistentes, implementando o que há de mais eficaz e atual no mercado.

Bruno Fontes
Coordenador de Projeto de SEO na Web Estratégica. Jornalista por formação, entusiasta da tecnologia e curioso, trabalha com marketing de conteúdo e SEO desde 2013. Atualmente mora em Buenos Aires e está à frente de diversos projetos de SEO, especialmente voltados para grandes e-commerces do país.
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