O que é Pogo Sticking SEO e por que afeta no rankeamento?

20/02/2023

Pogo Sticking é um termo em inglês que se refere a um comportamento de usuário dos mecanismos de busca, no qual este pula de um site para o outro, indo em vários domínios diferentes mas não permanecendo tempo suficiente para obter a informação procurada. 

A expressão se refere a algo semelhante a um “pula pula” e acontece por diversos fatores, que serão analisados neste conteúdo. 

Existem dúvidas se o Pogo Sticking de fato dificulta o SEO de um site. Sabe-se que a rápida saída do usuário traz malefícios para a estrutura de uma marca ou serviço, de maneira geral. As estratégias de marketing e vendas, por exemplo, tendem a perder, pois a visita rápida e frustrada não irá gerar conversão. 

Mas, esse comportamento “pula pula” é contabilizado e penalizado pelo Google? No que diz respeito às posições, a perda de qualidade do conteúdo tem estado no radar das atualizações do Google, o que afeta o rankeamento na SERP.

Ademais, o Pogo Sticking revela informações importantes sobre as intenções dos usuários e quais informações satisfazem seus anseios de busca, ponto que deve ser levado em conta com atenção. 

A seguir, você encontrará todas essas informações para aprender a fazer os ajustes necessários, melhorando o posicionamento de busca de maneira correta e aproveitando essa característica de comportamento do usuário para tirar lições valiosas ao seu negócio. Boa leitura!

O que é o Pogo Sticking?

O Pogo Sticking é quando o usuário fica de link em link nos resultados de busca até encontrar um que lhe agrade, sem interagir com a página. Essa prática ocorre porque o usuário não encontrou o conteúdo desejado no link ou porque teve algum problema ao acessar a página.

Um dado notável sobre o pogo sticking é que ele acontece entre os primeiros resultados da SERP, ou seja, o usuário pode acessar o primeiro, o segundo, o terceiro link e só encontrar o que realmente o satisfaz no quarto.

Você pode estar notando uma semelhança de comportamento de quem faz pogo sticking com um dos fatores de rankeamento: bounce rate. Existem semelhanças, mas do ponto de vista de análise de dados em SEO, são vistos de maneira diferente.

Qual a diferença entre Pogo Sticking e Bounce Rate

A diferença entre eles está no tempo que o usuário leva para sair da página. Enquanto o bounce rate é medido pelo percentual de pessoas que visualizaram uma página, não interagiram e saíram do site, o Pogo Sticking é o acesso ao site seguido rapidamente de um clique no botão voltar.

Nem sempre o bounce rate é ruim, pois o fato de visualizar a página sem interagir não quer dizer que o conteúdo tenha sido inútil. Já o Pogo Sticking é sempre uma falha, pois o usuário nem consome o conteúdo.

Blogs e sites de receita, por exemplo, tendem a ter um bounce rate mais alto, pois geralmente o público acessa para ver uma informação específica e sai na mesma página que entrou. Por mais que pareça algo negativo, houve o consumo do conteúdo, então pode se considerar que a conversão ocorreu.

Já o comportamento Pogo Sticking não dá espaço para dizer que houve conversão, pois a saída da página é tão rápida quanto a entrada, muitas vezes não dando tempo suficiente nem para carregar o script do Google Analytics.

Quais efeitos pode ter no SEO e no rankeamento?

De acordo com declaração de John Mueller, o Google não considera o Pogo Sticking um fator de rankeamento, mas o simples fato do usuário acessar o site e sair em pouquíssimos segundos influencia em outros fatores.

Ao olhar por essa ótica, pode-se dizer que a influência do Pogo Sticking acontece porque ele está associado a problemas maiores e que são considerados fatores diretos de rankeamento.

E se os fatores diretos são prejudicados, logo o posicionamento na SERP também será e os resultados da estratégia de SEO não serão como esperado.

O que pode causar Pogo Sticking?

O Pogo Sticking é influenciado principalmente por fatores de ranqueamento, mas não apenas. Existem várias questões relevantes que não são levadas em consideração em uma análise superficial e causam grande impacto. Isso chama atenção para o fato de que o ranqueamento não é um dado isolado, ele vem cercado de outros fatores de qualidade da página como um todo.

A qualidade tem sido apontada pelo Google como o principal fator de rankeamento, principalmente depois da atualização “helpful content update“, que tem como objetivo reduzir as classificações de conteúdo pouco relevantes aos usuários. O lema dessa mudança é colocar as pessoas em primeiro lugar (“people first”), tirando vantagem de textos automatizados, vagos e mal escritos. 

Anunciada no dia 25 de agosto de 2022, a mudança ainda está em fase de implementação e deve chegar ao Brasil em breve, adicionando novos desafios à produção de conteúdo e estratégias de SEO. Cada vez mais é preciso contar com especialistas que podem aplicar conhecimentos necessários a textos de qualidade, informativos e ricos, seja em páginas de produto ou páginas de blog. Além disso, para estar por dentro dessa nova medida do Google e evitar o Pogo Sticking, confira os erros mais comuns a seguir:

Experiência do usuário ruim

A experiência do usuário é algo muito particular, mas existem pontos na estrutura de uma página web que não dão margem para reflexão e afetam a experiência por completo.

Elementos como a estrutura da página, design e arquitetura de informação são alguns dos pontos que podem causar Pogo Sticking relacionado à experiência do usuário

E dentro desses elementos existem 2 pontos muito relevantes e que influenciam muito no Pogo Sticking.

Tempo de carregamento

A média de tempo que um usuário espera até uma página carregar é de 2,5 segundos, que é o tempo médio que o Google considera dentro das métricas do Core Web Vitals, ou seja, demorou mais do que isso começa a influenciar negativamente em um dos principais fatores de rankeamento.

Sem contar que se o usuário clica no link e não vê nenhum conteúdo útil, a reação é voltar para os resultados da busca e clicar no próximo.

Para melhorar o tempo de carregamento das páginas, o ideal é:

  •         escolher um servidor com boa infraestrutura e baixo tempo de resposta;
  •         ter uma estrutura enxuta no código da página, dentro dos padrões de desenvolvimento;
  •         se utilizar CMSs, como o WordPress, e utilizar o mínimo possível de plugins;
  •         otimizar imagens e vídeos.

Navegação

A navegação está diretamente ligada à arquitetura de informação e, se ela não for intuitiva, tornará tudo mais difícil de ser encontrado, fazendo com que o usuário desista da página.

Quando falamos de navegação não são apenas os menus e botões, mas toda a estrutura da página, desde os blocos de conteúdo até os links no texto.

Uma página que o usuário tem dificuldade de encontrar a informação desejada não entrega uma boa experiência, levando ao Pogo Sticking.

Para melhorar a experiência de navegação do usuário, foque em:

  •         uma arquitetura de informação que contemple menus, botões e conteúdo;
  •         conteúdo escaneável;
  •         links com texto âncora claros;
  •         arquitetura de informação clara e alinhada com os objetivos.

Títulos com clickbait

Títulos sensacionalistas são o melhor exemplo de clickbait. Eles atraem a atenção e despertam a curiosidade do público, que ao acessar o conteúdo se sente frustrado por não ser nada do que foi “vendido” na SERP.

Os títulos com clickbait são uma das maiores causas de Pogo Sticking, pois, ao acessar o link e ver que o conteúdo não tem nada a ver com o título, o usuário não pensa duas vezes, volta para os resultados de busca e clica no próximo.

Além de ser uma prática ruim para a marca, o clickbait influencia diretamente no rankeamento, já que ele caracteriza um conteúdo ruim e que não oferece nenhuma utilidade para o público.

Para evitar o clickbait, existem boas alternativas, como:

  •         usar perguntas intrigantes no título;
  •         combinar uma palavra-chave e uma afirmação provocativa;
  •         apontar erros comuns de determinados assuntos;
  •         explorar estatísticas e pesquisas;
  •         utilizar palavras que despertem emoções e desejos.

Conteúdos desatualizados e fracos

Esse é um outro fator que além de gerar Pogo Sticking, influencia diretamente no rankeamento, principalmente depois da atualização “helpful content” do Google, como mencionado.

Quando um usuário faz uma busca na internet, ele está à procura de respostas e elas precisam ser úteis e fáceis de serem compreendidas.

Um conteúdo sem muitas informações, superficial a ponto de não entregar nada concreto ou desatualizado faz com que o usuário desista do acesso e vá para o próximo resultado.

O Google, ao ver esse tipo de conteúdo e identificar que o usuário teve uma experiência ruim, vai posicioná-lo no rankeamento, dando a ele menos relevância e baixando sua posição.

Para evitar o Pogo Sticking e a perda de posições por conta de conteúdo desatualizado, você pode:

  •         criar conteúdos atemporais;
  •         atualizar periodicamente os conteúdos que se relacionam com datas específicas, como Black Friday;
  •         ciar conteúdos alinhados com as principais dúvidas do público;
  •         entregar o máximo de informação nos conteúdos, garantindo que elas sejam úteis e aplicáveis.

Como evitar o Pogo Sticking?

Saber quais são os erros mais comuns que levam ao Pogo Sticking é o primeiro passo para definir sua estratégia. A partir de um olhar mais atento a esses aspectos, fica claro o que não fazer e, principalmente, como essas falhas podem prejudicar seu crescimento orgânico e sólido na SERP. 

Para começar a seguir o caminho certo, com base em práticas consolidadas que visam uma mudança a longo prazo e duradoura, é necessário seguir alguns passos, que você verá com mais detalhes a seguir:

Revise e atualize os conteúdos

Fazer a revisão de texto e do próprio conteúdo é fundamental para garantir ao público uma experiência de qualidade, conteúdo útil e relevante. Isso porque antes de qualquer coisa, a língua é a base dos mecanismos de busca e é preciso construir uma comunicação eficiente, série e clara. 

A experiência do usuário relacionada ao texto não está ligada apenas às questões de design (títulos, corpo do texto, imagens etc.), mas à escrita (ortografia, gramática, coesão etc) e à aplicabilidade do conteúdo.

E dentro de uma estratégia de marketing de conteúdo, o texto é a base, por isso deve ser tratado como prioridade e ser revisado e atualizado com frequência, visando entregar o que há de melhor para o usuário.

Fique atento ao UX (principalmente mobile)

A experiência do usuário é algo que envolve toda a página. Design, navegação, conteúdo, tudo está ligado à UX e será afetado se um dos elementos não estiver bem definido.

Uma página com design ruim tende a ter uma navegação complicada e uma má distribuição do conteúdo, o que afeta a percepção de valor do usuário e a usabilidade.

Pensar na experiência do usuário é fundamental para ganhar o topo da SERP, ainda mais com a preocupação do Google em entregar conteúdos atualizados, úteis e que ofereçam uma experiência satisfatória para o usuário. 

Com o crescimento dos acessos via mobile, a experiência em dispositivos móveis ganhou ainda mais relevância tanto para os usuários quanto para os mecanismos de busca, que agora usam isso como fator de rankeamento.

Não basta a página ser rápida no celular, é preciso que o conteúdo seja escaneável e legível, além de proporcionar uma navegação fluida, sem interrupções e que permita ao usuário encontrar o que procura.

Analise as métricas

Métricas como bounce rate, page speed, EEAT, sessões, link building, autoridade de página e domínio são algumas das mais relevantes para estratégias de SEO, sem falar no Core Web Vitals, que traz um conjunto de fatores que usam essas e outras métricas para ser mensurado.

Analisar métricas e KPIs em estratégias de SEO é essencial para que seja possível encontrar pontos de melhoria e saber exatamente quais estão sendo os resultados.

E para fazer isso é preciso analisar sempre o contexto e não uma ou outra métrica de forma isolada. Para melhorar o número de cliques, é preciso melhorar o posicionamento na SERP e a qualidade dos meta titles e meta descriptions, logo, para avaliar esses resultados é necessário analisar pelo menos 4 métricas (relevância da palavra-chave, autoridade, posicionamento e volume de acesso).

Para analisar essas métricas existem diversas ferramentas disponíveis no mercado, tanto gratuitas quanto pagas, e que podem fornecer informações e insights – inclusive em tempo real – para melhorar a tomada de decisão e análise de resultados.

Entre as principais ferramentas para análise de métricas e KPIs em SEO, temos:

  •         Google Analytics;
  •         Google Search Console;
  •         Planejador de Palavras-chave do Google;
  •         Ahrefs;
  •         Semrush;
  •         Ubersuggest.

Use linkagem interna

Os links internos estão presentes em todo o site e devem ajudar o usuário a chegar onde precisam pelo menor caminho. Eles influenciam tanto na navegação quanto na usabilidade, já que se posicionados de forma errada podem comprometer a sequência da navegação, fazendo o usuário sair da página.

Ao fazer a linkagem interna é importante ficar de olho nos textos âncoras pois a combinação “texto + link” tem relevância para o motor de busca na hora de definir o nível de autoridade de domínios e páginas, sem contar que é esse texto âncora o responsável por chamar a atenção para o clique.

Ao explorar os links internos, lembre-se de:

  •         manter as informações a no máximo 3 cliques de distância;
  •         explorar posts relacionados e populares;
  •         criar textos âncoras relevantes;
  •         usar links para páginas externas.

Construa seu E-E-A-T

Cada vez mais o Google quer entregar conteúdo de qualidade e alinhado à intenção de busca do usuário. Quando ele encontra especialistas no assunto, escrevendo textos ricos em informação e instrução, estes têm mais relevância. É a partir desse critério que surge o Google EEAT, uma sigla que reúne elementos fundamentais para consolidar sua página.

O Google EEAT foca em analisar o conteúdo a partir de 3 pilares:

Expertise 

Conhecimento sobre o assunto. Sobre esse aspecto, vale construir conteúdos com especialistas e pessoas que realmente entendam do que está sendo falado. Isso traz autoridade para a página e ajuda o usuário a acessar informação de qualidade. Uma dica é convidar autores para escrever, os chamados guest posts.

Authority (autoridade)

Ter autoridade não é apenas sobre estar em primeiro lugar na SERP. Diz respeito a construir, com práticas diárias, conteúdos e informações relevantes que sejam reconhecidas pelas pessoas. Invista na reputação da sua marca e fique atento aos feedbacks e comentários dos usuários. Além disso, deve-se ter uma atenção especial aos aspectos de design da página, construção da marca e como os elementos estão organizados. 

Trustworthiness (confiabilidade)

Em seu conjunto, o conteúdo precisa oferecer segurança – e isso vai desde o texto bem escrito até as linkagens, imagens e URL. Passar confiabilidade é a chave para realizar conversões e pode ser o diferencial de páginas de produto, por exemplo. Em casos de serviços, é preciso garantir que o usuário sinta-se seguro para fechar um acordo e dar seus dados de contato. 

Quanto mais conhecimento sobre um determinado assunto o domínio oferecer, mais pontos de expertise ele ganha. Quanto maior e melhor for a percepção da marca pelo público, e o Google conseguir identificar isso, mais autoridade. E quanto mais confiança a marca transmitir, mais pontos terá em rankeamento.

Comportamento do usuário também afeta rankeamento

O Pogo Sticking não é um fator de rankeamento, mas um comportamento do usuário que influencia outros fatores de rankeamento. Logo, ele precisa receber tanta atenção quanto os fatores diretos, podendo levar a perdas iminentes.

Ao investir em ajustes e melhorias estruturais e de conteúdo com o objetivo de evitar o Pogo Sticking, indiretamente estarão sendo feitas melhorias relacionadas a SEO on-page e off-page e vice-versa.

Sendo assim, uma estratégia de SEO capaz de contemplar a parte técnica, estrutural e o conteúdo, com certeza evitará que as páginas sofram Pogo Sticking, ganhando, consequentemente, posições no ranking. Esse processo pode ser realizado por uma equipe suficiente, como a da Web Estratégica.

Nosso time está preparado para oferecer a melhor consultoria SEO para empresas de todos os segmentos do mercado, ajudando no crescimento orgânico, evitando problemas como o Pogo Sticking e outros mais graves que podem surgir. O SEO deve receber a devida atenção, pois garante crescimento orgânico consistente e capaz de gerar resultados nos mais diversos objetivos. Solicite uma proposta agora mesmo!

Cristian Magalhães
Com mais de 15 anos de experiência em SEO e inteligência de dados, atualmente é COO da Web Estratégica. Possui formação em Tecnologia da Informação e foi co-fundador da Lume, onde liderou equipes em grandes projetos globais.
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