Black hat e White hat SEO: o que são e diferenças

27/01/2023

Atualmente, trabalhar com profissionais especializados e implementar boas práticas de SEO é essencial para que um site tenha suas páginas nas primeiras posições das SERPs dos mecanismos de busca. Esse campo, porém, possui suas regras e , entre as estratégias conhecidas, algumas devem ser evitadas — é o caso do Black Hat.

Primeiramente, é preciso saber de forma clara o que configura o Black Hat e em que situações ele está sendo aplicado pela equipe responsável pelo SEO. Isso é importante pois o Google penalisa os domínios que aplicam atalhos ou tentam enganar os mecanismos de busca com práticas não recomendadas. 

Um site que cresce em números com o uso do Black Hat pode parar de aparecer nos resultados de busca, passando a não atingir usuário nenhum. Essa penalidade atinge os resultados orgânicos e atrapalha todo o planejamento de conteúdo. Nesses casos, fica claro que resultados rápidos e milagrosos nem sempre são vantajosos e você vai entender o porquê. 

Neste conteúdo, vamos abordar o que é Black Hat, porque evitar essas ações e quais são as práticas que podem ser penalizadas pelo Google. Além disso, também falaremos de White Hat, que são as ações que fazem um site ter um bom desempenho nos resultados de busca. Acompanhe a leitura e aprofunde seus conhecimentos em SEO.

O que é Black Hat?

Black Hat são práticas que, no surgimento do Google e das práticas de SEO, eram usadas para favorecer o rankeamento das páginas. Ao contrário das práticas fomentadas pelo próprio Google e por consultorias especializadas, o Black Hat viola as diretrizes dos mecanismos de busca, sobrecarregando o uso de recursos de otimização e prejudicando o fluxo de buscas orgânicas geral.

Essas técnicas tentam manipular os algoritmos e bots para ficar em uma posição relevante nas SERPs. Não há uma preocupação, nesse contexto, com a experiência do usuário ou com a qualidade do conteúdo. O foco é apenas nos números e otimizações, algo que pode parecer promissor à primeira vista, mas que não aumenta as conversões a longo prazo. 

O termo “Black Hat”, em tradução, “chapéu preto”, foi inspirado nos filmes de western, ou faroeste, nos quais os bandidos e vilões sempre estavam com um acessório em comum: o chapéu preto. E, como as estratégias de Black Hat são radicais, também podem ser consideradas inimigas de um bom trabalho de SEO e de resultados orgânicos sólidos.

A seguir, confira os motivos para evitar Black Hat nos seus conteúdos e conheça quais práticas são consideradas ruins aos olhos dos mecanismos de busca.

Por que evitar as práticas de Black Hat?

Apesar do momentâneo sucesso que as práticas de Black Hat possam oferecer, é fato que, em algum momento, mecanismos de avaliação, bots e algoritmos vão percebê-las. Isso levará a penalizações duradouras que podem impactar no seu negócio online, levando até mesmo a uma queda irreversível em lucros. 

Caso um site siga as práticas de Black Hat, as principais penalidades são:

Perda de posicionamento e visibilidade

Sem dúvidas, uma das punições que mais impactam nos resultados de um site é a perda de posicionamento e, consequentemente, de visibilidade. Como sabemos, os usuários tendem a realizar uma busca e responder suas dúvidas com os primeiros resultados da SERP, quase nunca indo até a segunda página de resultados.

Quando falamos de perda de posicionamento, isso quer dizer que as páginas de um site que pratica Black Hat irão para os últimos resultados, isso se elas aparecerem nas SERPs.

A ida das páginas de um domínio para as últimas posições ou a não entrega aos usuários faz com que o site não tenha tráfego, impressões, cliques ou qualquer outra métrica que analisamos para ditar se a estratégia de SEO está indo bem. 

Por isso, essas práticas podem fazer com que um domínio fique em um estado suspenso, em uma espécie de zona invisível dentro da rede.

Detona a usabilidade do site

Um conteúdo que, a cada parágrafo, repete 3 ou mais vezes uma palavra-chave para de parecer relevante e começa a parecer automático, aos olhos do usuário. Esse fator, por si só, leva à evasão daqueles que podem vir a entrar em seu site por encontrá-lo nas primeiras páginas.

O ponto central, aqui, é a usabilidade. Um conteúdo deve ser o mais “usável” possível para os usuários, pois é para eles que toda a plataforma foi construída — não para os números. O Google e outros motores de busca olham para isso e levam em consideração esse aspecto de usabilidade na hora de entregar um conteúdo.

Entregar uma experiência adequada aos usuários pode fazer com que um site seja favorecido em detrimento de outro nos resultados de busca, então cuide desse ponto. Além disso, se você souber qualquer técnica que prometa fazer seu domínio ter resultados rápidos, mas perceber que pode prejudicar a experiência das pessoas com o seu site, não a pratique. Provavelmente se trata de uma Black Hat.

É antiético

Procurar profissionais de SEO experts para se destacar no ramo de atuação é uma ótima ideia e concorrer com as outras marcas do segmento de forma saudável e ética é o recomendado.

Ganhar e se sobressair de seus concorrentes de forma honesta consiste em aplicar conhecimentos validados e analisar o cenário a longo prazo. O uso de práticas ruins para enganar o algoritmo traz uma crescente muito rápida nos resultados, no entanto, esta antecede uma queda mais rápida ainda.

No meio especializado em SEO, além disso, o Black Hat é visto de forma negativa, o que pode levar a uma crise de imagem para sua equipe e serviços. Atuar em uma frente digital requer paciência. Apesar da crescente rapidez de cliques e fluxos de informação, um planejamento consciente e com visão de futuro ajuda a estabelecer uma atuação sólida.  

Práticas de Black Hat

Chegou a hora de conhecer as práticas de Black Hat mais praticadas no ambiente digital. Acompanhe:

  • Conteúdo oculto

A primeira Black Hat da nossa lista é a de conteúdo oculto. Essa é uma técnica antiga que consiste na adição de conteúdos irrelevantes para os usuários de forma que as pessoas não consigam ver. Normalmente, acontece das seguintes formas:

    • texto na mesma cor do fundo do site;
    • reposicionamento do conteúdo de texto para fora da página via CSS;
    • alteração do tamanho da fonte para zero.

Quase sempre, os conteúdos que estão nesses textos ocultos são links que não fazem sentido para as pessoas interessadas no tema e as palavras-chave são usadas de maneira exaustiva, ou seja, pensadas somente para os mecanismos de busca.

  • Links ocultos 

Assim como os conteúdos ocultos, alguns profissionais de SEO também aplicam a prática de ocultar links dos usuários. Sabemos o quanto realizar linkagens internas e externas pode fortalecer um domínio e agregar valor para um determinado conteúdo, mas se os links não fizerem sentido ou se esse processo for feito de maneira exaustiva pode ocasionar em punições.

Entretanto, mesmo com as punições, existem sites que optam por adicionar links que não são recomendados, apenas para tentar enganar os bots e algoritmos dos motores de busca. 

  • Cloaking

A prática de cloaking (tradução literal: camuflagem) é aquela em que os profissionais desenvolvedores realizam uma configuração por meio da tag user-agent, a fim de que o conteúdo apareça de uma forma para os bots que fazem a leitura e indexação da página e de outra para os usuários.

Para os bots, a página conta somente com as otimizações, muitas vezes excessivas, que fazem com que ela ganhe posições no mecanismo de busca. Sem levar nem um pouco em consideração a usabilidade ou a experiência do usuário com o conteúdo, já que ele não terá contato com essa versão da página.

Já o conteúdo exibido para as pessoas a partir de suas buscas é totalmente diferente. Em grande parte dos casos, apresenta um conjunto pobre de informações, sem muita relevância, que não leva a intenção de busca em conta e, por isso, é de baixa qualidade para o usuário.

  • Conteúdo duplicado

Essa prática consiste na não criação de conteúdos originais. Ou seja, o editor de conteúdo abre o CMS, duplica a página e muda apenas a title, por exemplo, quando não a reproduz inteiramente.

Sabemos o quanto é gasto de esforço e recursos para a construção de páginas relevantes e que isso não é feito de uma hora para outra. Por isso, alguns sites não querem percorrer todo esse caminho e fazem o processo de duplicação.

O Google enxerga como bom conteúdo aquele que é original e relevante. Assim, as duas páginas nunca aparecerão juntas. Dessa forma, ou o Google entrega a página publicada primeiro ou penaliza o site e não entrega nenhuma delas, caso elas não estejam condizentes com a intenção de busca ou com conteúdo irrelevante e pobre.

Ainda, se um site duplicar páginas massivamente ou tiver um processo automatizado para isso, ele será considerado SPAM, o que fará com que ele seja penalizado pela prática e banido dos resultados entregues aos usuários.

  • Doorway pages

A prática Black Hat conhecida como doorway pages, gateway pages, ou páginas de entrada, atua criando diversas páginas apenas com o único objetivo de rankeá-las para keywords do segmento sem oferecer conteúdos reais.

Quando o usuário acessa essas páginas, encontra um texto altamente genérico ou algo sem qualquer relação com o tema buscado. Ainda, ao tentar acessar o conteúdo, a pessoa pode até ser redirecionada para o site da marca. 

Por ser uma violação das diretrizes do Google e por não agregar nada para os usuários, no ano de 2015, o mecanismo de busca implementou um update no algoritmo para facilitar a identificação e punição de sites que praticam isso.

  • Compra de links

Uma das coisas que fundamentam toda a estratégia de SEO e marketing de conteúdo são os links, já que eles agregam relevância aos conteúdos de um site.

Porém, a compra de links é uma prática bem nociva e essa é uma das Black Hats mais difíceis de serem identificadas pelos mecanismos de busca, já que o Google não possui métodos para saber com certeza qual link foi comprado ou não. 

No entanto, os motores de busca conseguem analisar quais links fazem sentido ou não para um conteúdo e até se fazem sentido para um determinado segmento. Exemplo: se uma loja de roupas trocar links com um açougue, por exemplo, a troca será irrelevante. 

Vale ressaltar que estratégia de links, como link building ou troca de backlinks, são muito diferentes da compra de links. Caso perceba que trocar links com um outro site pode ser benéfico para ambos os lados, invista nisso, mas se oferecerem só a oportunidade de compra, evite, pois é um Black Hat.

Por isso, tenha atenção aos sites que você irá atrelar ao seu negócio ou empreendimento e avalie a relevância desses links para o seu segmento e para os usuários. Busque antever, a partir de um planejamento inteligente, quais os efeitos práticos — para o Google e, principalmente, para as pessoas.

  • Link farm

Indo quase na mesma linha da anterior, a Black Hat link farm também atua em cima da troca de links, no entanto, é uma troca nem um pouco saudável. Nesse caso, são vários sites que geram links entre si com o propósito de melhorar o pagerank de todos eles. O conteúdo, porém, muitas vezes é só o link ou possui um texto pobre com diversos links sem relevância alguma.

Antigamente, essa estratégia não era identificada pelo Google, o que ocasionou muitas páginas ruins no topo, pois só o pagerank importava. Atualmente, porém, é fácil identificar e penalizar essa prática.

  • Spam em conteúdos

Outra prática que era feita massivamente entre os webmasters há alguns anos era o aproveitamento dos espaços de comentários para a inserção de links, onde usavam scripts para criar postagens com link para um determinado site. Isso em uma escala gigantesca.

Todavia, essa Black Hat perdeu força com a inclusão da tag nofollow nesses espaços, que indica para os bots dos motores de busca que eles não devem levar em consideração os links ou conteúdo inseridos nesses espaços de comentário. 

  • Palavras-chave não relacionadas

Aqui a Black Hat é auto explicativa, pois ranquear para palavras-chave não relacionadas com o conteúdo ou com o segmento não é nada estratégico para uma marca. Além disso, entrega uma experiência ruim ao usuário, visto que ele clica na página esperando ver um conteúdo sobre o termo que ele buscou e encontra algo totalmente diferente.

  • Abuso da marcação de dados estruturados 

A marcação de dados estruturados é feita para otimizar a experiência dos usuários ainda nos resultados de pesquisa, apresentando snippets que ajudem as pessoas a terem suas dúvidas e questionamentos respondidos de “bate pronto”.

Alguns dados estruturados muito conhecidos são aqueles de avaliação dos usuários e o FAQ, que ajudam a agregar confiança e quebrar possíveis objeções que as pessoas podem ter com os produtos.

No caso da Black Hat, é realizado o abuso da marcação desses dados para enganar os usuários ou os robôs do mecanismo de busca. Outro exemplo de Black Hat de dados estruturados é o uso inadequado, ou seja, a manipulação desses dados, realizando a marcação de avaliações falsas ou de textos ou conteúdos não relacionados com a página.

  • SEO negativo

Alguns profissionais de SEO optam por não implementar as práticas de Black Hat em seu próprio site, mas sim fazer com que eles estejam presentes nos sites dos seus concorrentes, a fim de que eles sejam penalizados e que isso o favoreça.

Isso é feito levando vários links não naturais e nem um pouco relevantes para o domínio do concorrente com o objetivo de que esse site seja penalizado pelo Google e perca posições e tráfego.

Caso suspeite que isso esteja acontecendo com seu site, é possível rejeitar os backlinks que não fazem sentido para sua estratégia digital. Devido a essa prática antiética, é necessário monitorar seus links de perto.

Black hat e white hat SEO: pessoa usando smartphone.

Como identificar Black Hat?

Se você faz uma busca no Google e encontra um conteúdo de qualidade que irá solucionar suas dúvidas, mas na hora que você clica encontra um texto que tem pouca ou nenhuma relação com o que você buscou, provavelmente é um caso de Black Hat.

Você vê um campo consideravelmente grande vazio em um site e, quando selecionado, este aparece como um texto escondido — isso também é Black Hat.  Ainda mais se esse conteúdo de texto foi link ou palavras-chave repetidas.

Se estiver fazendo o monitoramento dos seus backlinks e notar que tem várias likagens que não fazem sentido, 90% de chances de seu site estar sendo vítima de SEO negativo. Inicie o procedimento para rejeitar esses links o mais rápido possível.

Para contrapor as práticas de Black Hat, aprenda na prática o que é o White Hat e como aplicá-lo de forma segura e vantajosa:

O que é White Hat?

Para simplificar, White Hat é o contrário do conceito de Black Hat, ou seja, são as boas práticas de SEO que fazem as páginas de um site chegarem até as primeiras posições com técnicas que não desrespeitam as diretrizes do Google, a concorrência e os usuários.

Práticas de White Hat

A seguir, veja quais são as principais práticas de White Hat:

  • Estratégia de conteúdo

A primeira delas é a estratégia de conteúdo bem fundamentada. Isso quer dizer que é imprescindível produzir um conteúdo de qualidade, pensando em responder as dúvidas dos usuários, que seja verdadeiramente relevante para eles.

Um profissional expert em marketing de conteúdo, por exemplo, saberá identificar as oportunidades de temas que uma marca precisa abordar para aparecer no momento certo para seus possíveis clientes e criará um planejamento estratégico para conteúdo em cima disso.

Criar uma estratégia de conteúdo é fundamental para que uma marca entre no caminho de seu usuário no momento certo, capturando sua atenção e preparando-o para conversão.

  • Uso de palavras-chave com estratégia

Criar estratégias de palavra-chave também é essencial para ter um bom rankeamento. Usá-las nos locais certos do conteúdo é importante para que seu site não seja penalizado por keyword stuffing, uma Black Hat em que as palavras-chaves são excessivamente repetidas com o único objetivo de ranquear esse conteúdo, algo facilmente percebido e penalizado pelos bots do Google.

  • Otimização de conteúdos

Algumas otimizações de conteúdo que não podem ficar fora do seu radar enquanto profissional de SEO, analista de conteúdo ou dono de site, como:

    • inserir de datas;
    • oferecer informações relevantes;
    • implementar melhorias e informações com o intuito de melhorar o texto para o usuários;
    • otimizar a descrição de produtos nos portais.

 

  • Uso de Title e meta description

Outra boa prática muito importante para conteúdos online é a inserção de title e meta description, pois esse é o primeiro contato que o usuário terá com a página. Fazê-los da maneira certa é fundamental, seguindo o tamanho ideal, adicionando a keyword principal e um CTA.

  • Estratégia de link building e guest post

Os links fortalecem seu domínio e podem agregar mais confiabilidade e relevância para as páginas de um site, quando esses links fazem sentido para a marca ou temática.

Existem duas estratégias que se aproveitam desses benefícios dos backlinks da maneira correta: link building e guest post. A primeira diz respeito à troca de links de forma saudável, e a segunda é a troca de posts com marcas e sites que fazem sentido para a estratégia geral de ambos os lados.

Implemente já as White Hats no seu site

Como vimos, as práticas de SEO são diversas e podem ser usadas tanto para o lado negativo (Black Hat) quanto para o lado positivo (White Hat). Ter um profissional de ponta que entenda dessas boas práticas e saiba identificar o que realmente vale a pena para o seu site é essencial na busca por melhores resultados.

Invista em uma consultoria de SEO, um serviço personalizado que combina produção de conteúdo, aplicação de práticas de SEO e monitoramento dos resultados em tempo real. Esse é o único jeito de evitar atalhos perigosos e seguir o caminho correto rumo ao topo dos mecanismos de busca. 

Agora que você sabe o que são as Black Hats e como evitá-las, continue navegando no nosso blog para entender como um SEO e Marketing de Conteúdo de qualidade podem te ajudar a se tornar uma referência dentro do seu segmento agora mesmo!

Bruno Fontes
Coordenador de Projeto de SEO na Web Estratégica. Jornalista por formação, entusiasta da tecnologia e curioso, trabalha com marketing de conteúdo e SEO desde 2013. Atualmente mora em Buenos Aires e está à frente de diversos projetos de SEO, especialmente voltados para grandes e-commerces do país.
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