Uma boa estratégia de SEO depende da análise de dados sobre o comportamento do usuário e a fonte gratuita com mais informações para isso é o Google Analytics.
A plataforma do Google é líder de mercado em monitoramento de tráfego. 17 anos de existência acompanhando as mudanças do meio digital dão a credibilidade necessária para ser parte da engrenagem das estratégias de SEO e conteúdo do seu time.
Você pode ter os melhores estrategistas de SEO e criadores de conteúdo, mas sem o monitoramento do tráfego e da audiência não conseguirá fazer análises capazes de tornar a estratégia melhor e aumentar a taxa de conversão.
Neste artigo, você entenderá como o Google Analytics pode oferecer muito mais do que estatísticas de acesso, aplicando métodos para garantir uma estratégia diferenciada, capaz de mudar os resultados de qualquer serviço ou marca.
Google Analytics: conheça a ferramenta
O Google Analytics, ou simplesmente GA, como é conhecido por muitos profissionais, é uma ferramenta gratuita do Google cujo objetivo é obter informações de acesso às páginas web, bem como dados sobre o comportamento dos usuários durante esses acessos.
Tudo começou em 2005, quando o Google comprou o Urchin Analytics e o transformou no Google Analytics, em 2007. Seis anos depois, passou a se chamar Universal Google Analytics e em 2020 foi lançado o Google Analytics 4.
Com a chegada do GA4, as informações ganharam uma amplitude maior, saindo da zona da web e focando em Digital Analytics. Assim, passaram a ser feitas análises e monitoramentos de sites e apps.
A diferença entre o Universal Google Analytics e o GA4
A principal diferença entre o Universal Google Analytics e o GA4 está na forma como os dados são monitorados. A partir do GA4, a mensuração é baseada em eventos – apenas 6 são configurados por padrão.
É necessário que você desenvolva um plano de mensuração para abranger outros eventos que precise monitorar. O eventos padrões já configurados são:
- visualizações de página (evento: page_view);
- rolagens (evento: scroll);
- cliques de saída através do nome do evento “click” com o parâmetro de saída “outbound” marcado como “verdadeiro”;
- pesquisa interna (evento: view_search_results);
- engajamento de vídeo (eventos: video_start, video_progress, video_complete);
- download de arquivos (evento: file_download).
Além disso, o GA4 traz 4 métricas novas que ajudam a ter uma visão mais ampla sobre o comportamento do público: sessões engajadas, sessões engajadas por usuário, tempo médio de engajamento, taxa de engajamento.
Todos esses recursos e novas funcionalidades continuam gratuitos, porém com alguns limites de coleta de eventos, que já existiam inclusive para o Universal Google Analytics. Se você precisar de recursos mais avançados, pode fazer um upgrade para o Google Analytics 360, que oferece limites maiores.
Outro ponto que exige atenção, principalmente para você que já usa o Universal Google Analytics, é que ele será substituído em definitivo pelo GA4 a partir de 1º de julho de 2023.
Portanto, é importante iniciar a migração para o GA4 o quanto antes, para fazer as configurações adequadas e não perder nenhuma informação importante. Se você vai usar o Google Analytics pela primeira vez, já comece com o GA4.
Seja na versão gratuita ou paga, o Google Analytics continua sendo a principal ferramenta de análise de dados sobre o comportamento do usuário em sites e apps disponível no mercado.
Conhecê-la e implementá-la em sua estratégia de SEO é fundamental para obter crescimento consistente e chegar à primeira página do Google.
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Criando seu painel no Google Analytics
O painel de dados no Google Analytics, ou dashboard, é uma ferramenta que faz a coleta e permite a análise de dados através de KPIs, métricas e outros pontos de monitoramento escolhidos por você dentro do conjunto de dados disponibilizados pela plataforma.
O uso do painel ajuda no monitoramento de campanhas e funis de marketing e também na análise de tráfego e conversão de páginas web. Através do dashboard você pode ter informações na tela com poucos cliques, agilizando a tomada de decisão. Conforme suas metas mudarem, você poderá atualizar o dashboard sem perda de dados.
Por que você precisa de um painel do Google Analytics?
O painel do Google Analytics vai facilitar a visualização dos dados, uma vez que a variedade de informações que o GA disponibiliza é bem grande. É possível montar o painel apenas com as informações mais relevantes.
Com isso, você ganha em produtividade e agilidade na análise de dados, que influencia diretamente no tempo para a tomada de decisão.
Para criar o painel, é preciso ter certeza de que o site está sendo monitorado pelo GA e indexado pelo Google. A parte principal desse monitoramento é o sitemap.
Confira seu sitemap
O sitemap é um arquivo que lista todas as páginas do site que o Google deve indexar e rastrear. É através dele que as páginas são adicionadas na base de dados do Google.
Se o seu site, blog, ou e-commerce foi desenvolvido com WordPress e faz uso de plugins como Yoast SEO ou RankMath, eles adicionam automaticamente o sitemap e o mantém atualizado conforme novas páginas forem adicionadas.
Caso use outras plataformas ou CMS, verifique com o suporte como acessar o sitemap.
Garanta que o Google está rastreando e indexando seu site
Para se certificar de que o Google está rastreando e indexando seu site, é importante você utilizar o Google Search Console junto com o Google Analytics.
Enquanto o Google Analytics trabalha com as métricas de acesso às páginas, o Search Console cuida das métricas de indexação das páginas nos resultados de busca.
Como verificar se o Google está rastreando e indexando seu site
Para verificar se o Google está indexando e rastreando seu site, você pode utilizar a própria ferramenta de busca do Google ou o Search Console.
A verificação pelo buscador pode ser feita usando como termo de busca o domínio do site, acompanhado do prefixo “site:”. Veja a seguir um exemplo usando o site da Web Estratégica:
Foram encontrados aproximadamente 175 resultados, ou seja, o Google está conseguindo rastrear e indexar o site.
Uma outra forma de fazer essa verificação é através do Google Search Console. Para isso, você deve fazer login com sua conta Google e acessar a propriedade que deseja verificar a indexação.
No menu lateral, vá até a opção Índice e depois Sitemaps. Se os sitemaps estiverem cadastrados, serão exibidos na lista lateral, com a data em que foram enviados, a última vez que foram lidos pelo motor de busca e a quantidade de URLs descobertas.
Você também pode ir até o menu lateral Inspeção de URL, ou no campo de pesquisa na parte superior da tela, e informar qual URL deseja inspecionar. O Google então fará a leitura dos dados e exibirá as informações indicando se houverem erros e melhorias que possam ser corrigidas e aplicadas.
Os erros de indexação dificultam a análise dos dados, pois eles distorcem as informações do Google Analytics. Por isso é fundamental garantir que o sitemap esteja disponível e configurado no Google Search Console e que as URLs estejam indexadas e sem erros.
Como criar um painel personalizado no Google Analytics em 3 passos
O Google Analytics permite que você crie vários painéis combinando os widgets de dados conforme sua necessidade. E o processo para criação desses painéis pode ser feito em 3 passos simples.
- Passo 1. Faça login no Google Analytics: após entrar e acessar a propriedade onde deseja criar o painel, vá até o menu do lado esquerdo e clique em Personalização, em seguida em Painéis;
- Passo 2. Criar visualização principal: Clique no botão Criar, e na tela pop-up escolha a opção “Tela em branco”, informe o título para o painel e finalize clicando em Criar painel;
- Passo 3: Adicionando widgets de visualização de dados: uma nova tela pop-up será aberta e você deverá escolher o widget que deseja para exibir as informações.
Você poderá escolher entre widgets padrão e tempo real e, a partir daí, configurar os demais dados como a métrica a ser exibida, como será o agrupamento, quais filtros devem ser aplicados e, se necessário, o link para o relatório.
Após selecionar o widget e aplicar a configuração, clique em Salvar para finalizar a inserção.
Feito isso, o widget será exibido na tela. Para inserir outros, basta clicar em Adicionar widget e repetir o procedimento.
Os painéis são excelentes ferramentas para otimizar a visualização de dados e ajudar no processo de análise das métricas de SEO. Crie conforme a necessidade, exibindo apenas os dados relevantes.
Google Analytics e SEO
SEO não é uma ciência exata, mas um caminho para compreender o comportamento do usuário em páginas web. Essa compreensão só é possível quando se tem métricas e dados para serem analisados. É aí que entra o Google Analytics.
Enquanto o SEO envolve as técnicas para melhorar o ranqueamento e aumentar o tráfego orgânico das páginas, o Google Analytics monitora esses acessos e gera informações e relatórios fundamentais para que você possa identificar o que está funcionando e o que está dando errado e assim ajustar.
A combinação de Google Analytics com SEO se torna uma ferramenta poderosa para profissionais de marketing que estão em busca de resultados através do tráfego, seja ele orgânico ou pago.
Para que essa combinação produza o efeito necessário, é preciso definir métricas de SEO para que os relatórios possam ser construídos a partir dos dados obtidos com o Google Analytics, que deve estar com sua tag devidamente instalada no site a ser monitorado.
Entre as diversas métricas e KPIs de marketing que podem ser utilizados e analisados nos relatórios do Google Analytics, alguns se destacam por serem mais fáceis de analisar e produzirem uma percepção melhor do cenário.
Tráfego
O tráfego é todo o acesso que um site recebe em suas mais variadas páginas, seja através de buscas, acesso direto, links em emails ou compartilhamento de conteúdo em redes sociais.
É esse tráfego que gera as informações sobre o comportamento do usuário que o Google Analytics exibe em seus relatórios e que permitem a você melhorar a estratégia e o conteúdo usado para atrair e converter leads em clientes.
As informações sobre tráfego estão distribuídas por todos os relatórios do Google Analytics, porém, os mais utilizados são:
- tempo Real (Tempo real – Visão Geral);
- origens de Tráfego (Tempo real – Origens de tráfego);
- fontes de tráfego (Aquisição – Todo o tráfego – Canais).
Usuários
Os usuários são peças fundamentais na engrenagem do Google Analytics e mais ainda nas métricas de SEO, afinal de contas, sem eles não têm tráfego e sem tráfego não existem dados para analisar.
No GA, você encontra muitas métricas relacionadas a usuários, o que te permite mapear o perfil do público e otimizar tanto a definição do público-alvo quanto da persona.
Entre as informações dos usuários que podem ser obtidas no GA estão:
- informações demográficas;
- comportamento;
- dados geográficos;
- interesses.
Sempre que uma pessoa acessa o site ou página, o Google obtém informações sobre seu comportamento na página em que está e também de outras páginas que acessou e que deixaram informações armazenadas no navegador através dos cookies.
Assim, é possível monitorar comportamento e preferências dos usuários a ponto de obter informações relevantes para a estratégia.
Sessões
De acordo com o Google a sessão é um “período de tempo pelo qual um usuário está ativo no seu site ou aplicativo. Por padrão, se um usuário estiver inativo por 30 minutos ou mais, qualquer atividade futura será atribuída a uma nova sessão. Os usuários que saem do seu site e retornam em menos de 30 minutos são contabilizados como parte da sessão original”.
Entre as métricas de sessão que podem ser monitoradas através do Google Analytics está a duração média da sessão, que é a divisão da duração total de todas as sessões pelo número de sessões do site.
Essa métrica pode ajudar a compreender se o tempo que o usuário passa no site está dentro do ideal ou se tem algo errado. E a partir daí, temos informações relevantes que ajudarão a equipe de UX e de conteúdo a melhorar a experiência do usuário e mantê-lo por mais tempo na página.
Tempo médio na página
O tempo médio na página é a quantidade média de tempo que os usuários passam em uma única página. Tem conexão com o tráfego e as sessões.
Ao monitorar essa métrica e considerá-la nos relatórios de SEO, será possível obter informações relevantes que, ao serem combinadas, poderão proporcionar melhorias tanto na estratégia quanto na estrutura da página. Assim, o tempo médio aumenta, junto da taxa de conversão.
Taxa de conversão
A taxa de conversão é a média das ações que geram vendas realizadas pelo cliente em potencial. Pode ser uma compra, o preenchimento de um formulário, um clique no botão de ligação, enfim, qualquer ação que aproxima o lead da compra final.
Infelizmente, no Google Analytics, a taxa de conversão não vem configurada quando você cria a conta e instala a tag no site. É preciso configurá-la com base no funil de conversão definido na estratégia.
Como configurar uma meta para conversão
Para configurar uma meta que possibilite analisar a taxa de conversão, você precisa acessar o painel do Google Analytics, selecionar a propriedade que deseja gerenciar e em seguida ir até o menu lateral Administrador.
Feito isso, na terceira coluna (Visita), clique na opção Metas e em seguida em Nova Meta.
Informe o nome da meta, escolha a posição e qual o tipo desejado; em seguida, clique em Continuar.
Agora você irá configurar a meta de acordo com o tipo escolhido, fornecendo as informações conforme a conversão que deseja medir e em seguida clique em Salvar.
Feito isso, as informações da taxa de conversão estarão sendo monitoradas e você terá acesso aos relatórios a partir do menu lateral Conversões/Metas/Visão Geral.
Você pode configurar até 20 metas, então aproveite para medir de forma estratégica e obter informações que auxiliem o time de marketing e conteúdo na tomada de decisão.
Taxa de rejeição
A taxa de rejeição, ou bounce rate, é o percentual de usuários que entraram e saíram do site em um intervalo de 30 minutos, sem terem navegado pela página ou clicado em algum link interno.
É importante saber que a taxa de rejeição é diferente da taxa de saída. Enquanto a taxa de rejeição está relacionada com a página de entrada usada pelo usuário, a taxa de saída se relaciona com a última página visitada, aquela onde o usuário estava antes de ir para outro site, fechar a aba ou o navegador.
Monitorar a taxa de rejeição pode ajudar você a melhorar a qualidade da página (design, ux, conteúdo) de modo que o público passe mais tempo navegando, além de ajudar em ações de marketing, já que ela permite analisar a eficácia dos CTAs.
Mas, atenção: no Google Analytics 4, essa métrica não existe mais. Em seu lugar, foi adicionada a métrica “sessões engajadas”, já que o foco da nova versão está na valorização do comportamento do usuário.
Com essa mudança, o Google, ao invés de analisar quem sai do site, passa a analisar quem chega e fica, o que permite compreender a qualidade da permanência do usuário.
Uma publicação no perfil oficial do Google Analytics no Twitter explica como uma sessão é considerada engajada. Nesse caso a sessão deve gerar uma conversão, ou seja, ter a duração superior a 10 segundos ou acesso a várias telas ou visualizações de páginas.
Se você ainda utiliza o Universal Google Analytics, vai conseguir monitorar a taxa de rejeição, mas se já está migrando para o GA4, a métrica sessões engajadas é quem fornecerá informações sobre a movimentação dos usuários e os níveis de rejeição, ou no novo contexto, baixo engajamento.
Canais
Os canais são uma das camadas de análise que pode indicar quais são as principais fontes de tráfego para o site, possibilitando ajustes na estratégia para distribuir conteúdos onde há mais público interessado.
Existem vários canais de aquisição de tráfego e, para conseguir analisá-los, é preciso conhecer como cada um atua.
Organic Search
É o canal relacionado às buscas realizadas na internet, seja através do Google ou qualquer outro buscador. Um dos principais fatores para a análise do tráfego orgânico.
Social
É o canal relacionado ao tráfego vindo de redes sociais, seja por tráfego pago ou orgânico. Essa métrica permite analisar qual rede social gera mais tráfego e assim otimizar a estratégia de conteúdo e SEO para fortalecer as fontes mais fracas e potencializar as mais fortes.
Canal muito útil para quem explora newsletter e email marketing, pois ele mede todos os acessos feitos por links compartilhados em mensagens de email. Ao combinar esses dados com os disponibilizados pelas plataformas de email marketing, é possível ter uma visão melhor da efetividade das campanhas.
Direct
Esse canal corresponde aos acessos diretos ao site, ou seja, aqueles que foram feitos através da digitação da URL na barra de endereço do navegador. Uma das principais métricas para analisar a fidelidade do público.
Referral
Esse canal indica o tráfego gerado por links inseridos em outros sites que não são os mecanismos de busca. Para quem utiliza estratégias de link building, é uma das métricas ideais para analisar os resultados.
Paid Search
Esse canal está ligado às buscas pagas, logo serão computados aqui todo acesso feito ao site através de anúncios inseridos no Google Ads, seja nos resultados de busca ou em sites que usam o Google Adsense para exibir anúncios.
Ao entender o funcionamento dos principais canais de tráfego, é possível melhorar as estratégias de SEO e conteúdo de forma consistente, com base em dados reais do comportamento do público. Além disso, pode-se ainda combinar tráfego orgânico com pago de forma eficiente.
Google Analytics: uma das engrenagens da estratégia de SEO
Conhecer o Google Analytics é a base para medir os resultados que as estratégias de SEO e conteúdo podem proporcionar. Sem ele, você estará trabalhando no escuro e pode estar gastando tempo e recursos em vão.
Para gerar tráfego de qualidade é preciso investir em SEO e conteúdo. O retorno se dá com monitoramento dos resultados – algo que o Google Analytics faz com qualidade.
Ele te dá informações sobre o comportamento dos usuários no site de modo que você possa organizar e analisar da melhor maneira. A partir dessa análise, mensure o ROI e saiba se os investimentos estão dando o retorno desejado.
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