Um dos principais pontos do e-commerce é a escalabilidade. Chega um momento em seu ciclo de vida em que é necessário subir de nível, seja para implementar novas funcionalidades ou para suportar uma carga maior de acessos. Nesse momento, o SEO para migração de e-commerce se torna o ponto-chave do processo.
A migração envolve elementos que se relacionam diretamente com os usuários e com os mecanismos de busca, o que pode gerar perda ou ganho de tráfego, influenciar na experiência e, consequentemente, gerar queda ou aumento no ROI. Para evitar as perdas e os transtornos a médio e longo prazo, é essencial cuidar do SEO durante a migração.
Saber o momento exato de migrar, quais mudanças serão feitas e ter um plano de migração bem estruturado fará com que a equipe tenha mais segurança e siga por um caminho mais amplo e claro quanto ao que precisa ser ajustado, corrigido e implementado. Nos grandes e-commerces, entre 25% e 35% do tráfego é orgânico. Em lojas de médio porte, esse volume ultrapassa 50%. Você pode alcançar esses números se fizer uma migração bem planejada.
A migração do e-commerce pode afetar o SEO?
Sim. Uma migração do e-commerce pode ter um impacto direto no SEO. E alguns dos fatores que podem ser afetados por essa ação incluem mudança de URL, links internos, conteúdo (principalmente imagens) e tempo de carregamento das páginas.
Portanto, a migração do e-commerce deve ser planejada com cuidado e atenção, para garantir que as URLs sejam redirecionadas corretamente, que os links internos funcionem, que o conteúdo relevante seja preservado e que as páginas carreguem ainda mais rápido. Isso garantirá que o SEO não seja prejudicado e que o site continue a ser encontrado facilmente pelos usuários através das buscas orgânicas.
Devo fazer uma migração do meu e-commerce?
A decisão de migrar o e-commerce vai depender de fatores diversos, que podem estar relacionados a estratégias de negócio ou questões técnicas da plataforma utilizada. Experiência do usuário, atualização de plataforma e escalabilidade são alguns dos motivos que podem levar à migração do e-commerce.
De todos os motivos possíveis, o mais comum é a escalabilidade. Se você estiver enfrentando limitações de capacidade com o seu site atual e precisar suportar um volume crescente de tráfego e vendas, ou mesmo a integração de novas tecnologias seja para o processo de compra ou para melhorar a experiência do usuário, uma migração pode ajudar bastante.
Entre os outros tipos de migração de e-commerce estão: plataforma, design, conteúdo, URLs, hospedagem e domínio. Cada um deles possui seus próprios desafios, requisitos, vantagens e desvantagens. Para aproveitar o máximo de cada um, vale analisar o cenário e as necessidades para entender quais trarão os melhores resultados.
Lembre-se que uma migração pode ser um processo complexo e demorado. Existem desafios e riscos a serem considerados. Por isso, avalie cuidadosamente se uma migração é a escolha certa e planeje-a de modo a minimizar o impacto no SEO.
Como fazer um bom SEO para migração de e-commerce
Ao realizar uma migração de e-commerce, o SEO pode ser o mais impactado, por isso é importante que o processo seja documentado e conduzido por profissionais experientes e preparados para lidar com imprevistos e adversidades. Saber os passos a serem dados e em que ordem é essencial para o sucesso da migração e uma mitigação de riscos mais eficiente.
Tenha um cronograma pronto
Antes de começar a migração, é importante planejar cuidadosamente o processo para minimizar o impacto no SEO. Isso inclui coletar informações sobre o site atual, identificar quais páginas e links precisam ser preservados, planejar como será feito o redirecionamento das páginas antigas para as novas, e, principalmente, o dia da migração, já que nesse momento o site poderá apresentar instabilidades.
Não dá pra fazer tudo de uma vez, pois uma tarefa depende da outra. Por isso, um cronograma bem definido, contendo o que e quando deve ser feito e a especificação de quem é o responsável pela execução vai ajudar muito na condução, na execução e nos testes. Esse cronograma deve contemplar as 3 etapas da migração e suas principais tarefas:
1. Pré-migração
- Listagem das URLs do site atual;
- Listagem das páginas mais relevantes do Google Search Console;
- Analisar e listar quais páginas estarão disponíveis para rastreamento pelos mecanismos de busca após a migração;
- Criação de relatórios de tráfego no Google Analytics;
- Criação de dois sitemaps (um com as URLs antigas e outro com as URLs novas).
2. Migração
- Estruturar novo arquivo robots.txt;
- Verificar se os redirecionamentos estão funcionando;
- Checar as tags canônicas;
- Rastrear as URLs antigas;
- Configurar os redirecionamentos 301;
- Corrigir erros de redirecionamento;
- Validar o funcionamento da home e dos sitemaps;
- Reabrir o site para indexação.
3. Pós-migração
- Monitorar páginas de erro 404;
- Monitorar a indexação do site;
- Monitorar o tráfego orgânico;
- Corrigir problemas de rastreamento.
Com o cronograma pronto, todos os envolvidos passam a ter uma visão mais ampla e clara sobre o processo, facilitando a execução e reduzindo eventuais falhas que venham a acontecer por ter deixado de realizar alguma ação essencial para a migração do e-commerce.
Tenha poucas alterações de cada vez
Quanto menor o número de alterações, menor será a chance de ocorrerem erros. Como esse processo vai depender dos objetivos e das necessidades do negócio, as alterações devem ser organizadas em pequenos lotes para facilitar a execução, os testes e possibilitar a implementação mais rápida no ambiente de produção. Em SEO, muitas vezes “menos é mais”.
Faça análises técnicas do site
A realização de análises técnicas ajudará a construir um plano de migração consistente, cujo resultado influenciará diretamente na experiência do usuário, no aumento de tráfego orgânico e no posicionamento das páginas nos mecanismos de busca. Para que isso aconteça, trabalhe pontos específicos dentro da migração, como os apresentados a seguir.
Redirecione URLs
O redirecionamento de URLs é uma parte fundamental do processo de migração do e-commerce e pode ajudar a preservar o valor de links, evitar erros 404 e melhorar a classificação nos resultados de busca. Entre os principais tipos de redirecionamento utilizados estão:
- Redirecionamento 301: indica que uma página foi permanentemente movida para uma nova URL. Os motores de busca entendem que a página antiga não está mais disponível e que o link deve ser atualizado.
- Redirecionamento 302: indica que uma página está temporariamente disponível em uma nova URL. Os motores de busca entendem que a página antiga ainda existe e que o link não deve ser atualizado para a nova URL.
Para executar o redirecionamento de URLs e usufruir de seus benefícios, é possível utilizar o arquivo de configuração .htaccess, disponível em e-commerces hospedados em ambiente Apache.
Também é possível utilizar plugins e extensões compatíveis com a plataforma de e-commerce utilizada, como o Yoast SEO no caso do WooCommerce. Já para verificar o funcionamento podem ser utilizadas ferramentas como o Google Search Console e o Screaming Frog SEO Spider.
Verifique páginas com erro
Páginas com erro, além de serem péssimas para a experiência do usuário, afetam diretamente o ranqueamento e a autoridade do domínio. Por isso, ao realizar uma migração de e-commerce, principalmente se houver mudanças na estrutura de URLs e até troca do domínio, verifique se as páginas com erro precisam fazer parte do cronograma.
Outros erros comuns ao migrar um e-commerce são imagens que não carregam, links internos quebrados e funcionalidades essenciais para o fluxo de navegação e compra que não respondem corretamente aos comandos dos usuários.
Otimize o site para mobile
A cada dia que passa o uso de tablets e smartphones aumenta em relação aos computadores tradicionais e notebooks. Com isso, ter um e-commerce que ofereça uma experiência de qualidade para o usuário em todos os dispositivos é fator relevante para o SEO. Entre os principais benefícios da otimização para mobile estão: melhor acessibilidade, UX envolvente, aumento no engajamento e na taxa de conversão e acesso a um público mais amplo, capaz de gerar novas oportunidades de negócio.
Analise as linkagens internas e backlinks
Os links internos são a forma mais eficiente de manter o usuário navegando e, no caso do e-commerce, uma forma de fazê-lo conhecer outros produtos e aumentar o ticket médio. Garantir que esses links estejam funcionando após a migração é essencial para manter a navegação e não frustrar o usuário.
O link building pode ser verificado usando ferramentas como o Ahrefs, Moz, Google Search Console, SEMrush e Majestic. A partir dessa análise, as correções devem ser implementadas o quanto antes e revisadas, para evitar perda de posicionamento na SERP e, consequentemente, tráfego orgânico.
Teste todas as mudanças
A etapa de testes é a mais importante quando se está trabalhando em uma migração de e-commerce, pois ela permitirá uma análise completa de tudo o que foi feito, só que com um olhar de usuário, que navega, clica em vários links e toma a decisão de compra. Os testes permitem tanto identificar melhorias em relação ao que foi implementado e está funcionando quanto perceber possíveis erros ou pontos indispensáveis que foram esquecidos durante a migração.
Monitore o tráfego do site
Toda migração de e-commerce, independente do tipo, pode afetar o tráfego do site, tanto de forma positiva quanto negativa. Por isso, é importante monitorar o tráfego logo após a conclusão do processo e realizar os ajustes necessários caso esteja havendo perda considerável de tráfego.
Uma migração de e-commerce com foco em SEO pode até gerar uma perda momentânea de tráfego, mas logo em seguida os acessos começam a se estabilizar e o posicionamento na SERP a melhorar. É preciso paciência e foco no médio e longo prazo, sem deixar de lado as ações imediatas para correção de falhas e melhorias.
Entre as principais ferramentas para monitorar o tráfego do e-commerce estão o Google Analytics e o Google Search Console, que oferecem informações de alta relevância sobre o fluxo de acessos e possibilita à equipe técnica a implementação de ajustes específicos, com base em dados.
SEO para e-commerce não é mágica, é técnica
A migração de um e-commerce pode ser uma tarefa desafiadora, especialmente quando se trata de manter ou melhorar o desempenho do site em termos de SEO. No entanto, seguir algumas práticas recomendadas de SEO durante a migração pode ajudar a minimizar o impacto negativo e a maximizar o potencial positivo da mudança.
Um dos passos mais importantes para garantir uma boa migração de SEO é realizar uma auditoria técnica do site antes da migração. Isso permitirá identificar problemas que possam afetar negativamente o desempenho do site, como links quebrados, conteúdo duplicado ou problemas de velocidade de carregamento.
Outra prática indispensável é o redirecionamento correto de URLs antigas para as novas. Não se pode esquecer de otimizar o site para dispositivos móveis, uma vez que cada vez mais usuários estão acessando a internet por meio deles. Por fim, monitore o desempenho do site após a migração para identificar quaisquer problemas e corrigir rapidamente.
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