O que é growth hacking e como aplicar essa metodologia

24/05/2023

Atualmente, presenciamos uma grande atenção do mercado sobre o que é growth hacking e a sua importância dentro das organizações. O fato é que há muitos achismos em torno do termo, o que faz com que líderes e empreendedores queiram adotar estratégias sem fundamento e base comprovada.

Apesar de ser um trend, o conceito de growth hacking não é exatamente uma novidade e deveria fazer parte de toda empresa – ao menos as que buscam sucesso e crescimento contínuo. Seu uso se popularizou graças às startups, que comprovaram, por meio da metodologia, a possibilidade de evoluir rápido, mesmo com recursos reduzidos.  

Nesse sentido, mais do que uma metodologia, o growth é uma forma de pensar no negócio, uma perspectiva inovadora sobre os modos de entender o mercado e estar posicionado frente a um determinado nicho. Entenda mais sobre o conceito e comece a crescer!

Growth hacking: o que é?

O growth hacking é uma mentalidade voltada ao crescimento do negócio. Une a formulação de hipóteses e experimentos à análise dados para encontrar a melhor solução para a empresa, independente do problema ou segmento de atuação. Tudo isso com o objetivo de gerar resultados rápidos e estabelecer um crescimento sustentável.

Portanto, essa mentalidade subverte o modelo tradicional de gestão, que preza pelo crescimento lento e gradual. Ao contrário, o growth hacking age para encontrar brechas e oportunidades para saltos de crescimento com base na inovação e tecnologia.

Um grande exemplo que nos mostra que o GH não é um pensamento novo é o caso do McDonald’s, rede que surgiu na década de 1950 nos EUA, sabendo aproveitar o boom da indústria automobilística para abrir filiais nas rodovias interestaduais de grande tráfego.

Mais recentemente, temos o caso da Uber, outra empresa que se favoreceu de uma mudança social importante – a que diz respeito aos meios de transporte e uso de automóveis. Além de conectar pessoas e motoristas (prestadores de serviço), chama atenção estratégias de marketing como a que incentiva a promoção da marca pelos próprios usuários, compensada com descontos e créditos em viagens futuras. 

Tendo surgido no contexto das startups do Vale do Silício, nos EUA, uma área conhecida por abrigar grandes empresas de tecnologia, as “big techs”, essa nova forma de gestão carrega em si o objetivo de promover mudanças. Crescer rápido, modelar recursos, adaptar métodos e testar novidades – esses são os pilares de uma nova forma de conquistar seu público-alvo.

Observando o crescimento de certas empresas novas, Sean Ellis cunha o termo “growth hacking” em 2010, que posteriormente viria a se tornar conhecido de todo gestor e profissional de marketing. Por sinal, Sean foi responsável pelas estratégias de growth de startups reconhecidas no mundo todo, como a Dropbox.

Ao notar padrões e tendências de crescimento rápido nas empresas e documentar essas estratégias, Sean criou a base para que outras empresas e equipes enxergassem um novo campo de atuação.

Como o growth hacking ajuda seu negócio?

Ao entender o que é growth hacking, já conseguimos ter uma noção de como ele ajuda as empresas, independente do tamanho do negócio. A grande relevância está na implementação de um ciclo de melhorias contínuas, mesmo que a passos curtos. Logo, essa mentalidade diferenciada traz consigo inúmeros benefícios, tais como:

    • Crescimento rápido: como consequência do ambiente de modelagem de hipóteses, testagens e análise de dados característicos do growth, está o crescimento rápido.

 

    • Decisões com base em dados: após testar todas as hipóteses elaboradas, é fundamental analisar os dados para então definir os próximos passos em direção a um crescimento sustentável.

 

    • Maior consistência nas estratégias: com mais informações disponíveis sobre o cliente, fica mais fácil para os gestores criarem estratégias de forma mais consistente com os objetivos da empresa.

 

    • Redução de custos com experimentos: os experimentos constantes provenientes dos testes reduzem significativamente os gastos com iniciativas desnecessárias para a empresa.

 

    • Maior facilidade para identificar oportunidades: ao testar e modelar ideias no mercado, é possível perceber mais facilmente oportunidades de negócio antes não vistas.

 

Como aplicar o growth hacking no seu negócio

Estabelecer uma mentalidade como essa passa por uma transformação na cultura da organização, em prol de um crescimento sustentável, envolvendo diversas áreas, não apenas o growth marketing. Para crescer, primeiro é preciso abandonar as fórmulas mágicas e receitas de bolo. No entanto, não é como se estivéssemos à deriva, sem uma base para adaptar em cada contexto. Veja 6 etapas essenciais a seguir.

1. Identifique as necessidades da empresa

Apesar de ser uma mentalidade de crescimento rápido, não se trata de crescimento desordenado. Por isso, necessita de priorização. Para muitas empresas isso não é tarefa fácil e nessa hora ter uma equipe de profissionais dedicados ao growth é de extrema importância. 

Reúna o time e identifique possíveis gargalos na empresa; estabeleça algumas prioridades para serem resolvidas. Isso pode ser feito, por exemplo, através de uma análise do funil de vendas e benchmarking

A título de exemplo, vamos imaginar um e-commerce que tenha muitas visitas ao site, mas poucas conversões em vendas. Nesse caso, o melhor a fazer é levantar hipóteses sobre o que possa estar ocorrendo, já que claramente o problema não está nos visitantes.

A partir daí, analise métricas como a taxa de abandono de carrinho, por exemplo, e entenda onde está o problema. Trace possíveis soluções levando em conta todas as etapas da estratégia e dando atenção especial aos elementos de SEO e Conteúdo. Ambas as áreas, presentes na consultoria da Web Estratégica, podem ser definidoras de um aumento ou redução de vendas. 

2. Liste ideias

Esta é uma etapa delicada, pois toda ideia levantada deve estar relacionada a necessidade máxima da empresa, definida anteriormente. 

Aqui é fundamental compreender qual métrica do seu negócio é preciso impactar: gerar mais leads, aumentar os pedidos de orçamento, aumentar a quantidade de oportunidades de venda e outros.

A partir disso, o próximo passo é reunir o time e fazer um brainstorming de ideias de melhoria em qualquer um dos escopos identificados, como página inicial do site, descrição de produtos, preço e outros.

3. Crie hipóteses

Depois de ter uma necessidade bem definida junto das ideias, chegou a hora de levantar hipóteses para as possíveis soluções. Nesse sentido, é importante notar que o problema pode não ser um erro ou falha, mas sim uma brecha para melhoria.

Lembre-se sempre de considerar as métricas as quais você deseja impactar, levando em conta as ideias geradas e possíveis soluções encontradas. Utilize ferramentas de nível internacional e conte com profissionais que saibam ler os dados, extraindo os melhores insights.

Mantendo o exemplo da baixa taxa de conversão de um site e-commerce, podemos pensar que uma hipótese seja ao aumentar de 4 para 8 o fechamento de carrinho, com objetivo de aumentar a taxa de conversão para 30%. Teste, verifique, repita e modifique, se necessário. 

4. Faça testes

Agora é a hora de colocar em prática tudo o que foi planejado até então, por isso é importante eleger um líder para o projeto. Este vai acompanhar os prazos de entrega e garantir a qualidade necessária para tudo funcionar.

O momento, portanto, é de organizar as ideias e hipóteses levantadas. Busque verificar e pôr à prova o máximo possível de cenários, para então passar à próxima fase – análise dos resultados.

Um exemplo de teste poderia ser o famoso teste A/B. Ou seja, criar uma segunda versão da página de pagamento para fechamento de carrinho trocando apenas detalhes como os CTAs. Identificando ao final, qual delas deu maior conversão.

5. Analise os resultados

Essa é uma fase de aprendizado, na qual, através da leitura dos dados fornecidos, podemos confirmar se as hipóteses e testes feitos anteriormente geram soluções.

Em média, 50% das hipóteses falham. Porém, não desanime: é preciso aprender com os erros e identificar o que pode ser melhorado nos próximos testes. Além disso, é possível gerar novas ideias e insights para as próximas fases.

6. Implemente os resultados positivos

Nesse momento, é interessante compreender o que deu certo com os testes e como é possível escalar esse resultado positivo e o seu processo para alcançá-lo em outros setores e operações.

Ao compreendermos a fundo o que é growth hacking, sabemos que é preciso replicar o resultado positivo e automatizá-lo. Esse é o objetivo central – documentar e permitir que, em seu dia a dia, todos os membros da equipe possam registrar seus avanços, partilhando-os, de maneira prática, para vencer desafios futuros. 

Deixar de documentar seus resultados positivos – e negativos, principalmente – é tomar ações que se perdem em uma situação específica. Ter um negócio que se pretende growth é imaginar diversos cenários possíveis, estando preparado para todos eles. 

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Growth Hacking: aumente suas conversões

É notório o impacto que a mentalidade ou hacking de crescimento pode trazer para sua empresa, a curto e longo prazo. Desse modo, o growth hacking vai além de um termo do momento e passa por uma transformação cultural em todas as áreas da organização.

Essa transformação cultural é também digital e está em curso nas áreas que lidam diretamente com a construção de canais de comunicação na web. Com SEO e Conteúdo, o GH torna-se ainda maior e mais assertivo, pois permite estabelecer autoridade e visibilidade na SERP dos buscadores, como o Google.

Além disso, quando combinadas, as áreas são capazes de estabelecer uma relação duradoura com leads por meio de conteúdos qualificados e relevantes em sites, blogs ou e-mail marketing – um dos formatos que mais gera conversões! Fique por dentro do assunto e aprenda como usar o growth hacking para aumentar as conversões de e-mail marketing.

Rafael Rez
Fundador da agência de SEO & Conteúdo Web Estratégica e co-Fundador da Nova Escola de Marketing. Autor do livro de marketing: “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado no Brasil pela DVS Editora e em Portugal pela Editora Marcador. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013.
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